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Política

Vereadores de Campo Grande exigem respostas por morte de menina

Família acusa hospital de negligência e desabafa em plenário: “Minha filha estava inchada e não aguentou”

Conjuntura Online
06/06/25 às 16h46
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Manifestação ocorrida na sessão de quinta na Câmara (Foto: Reprodução)

Com olhos marejados e vozes embargadas, familiares da pequena Sophie Emanuelle, de apenas 5 anos, ocuparam ontem o plenário da Câmara de Vereadores de Campo Grande, em busca do que mais têm pedido desde o dia 29 de maio: justiça.

A menina morreu após dias de idas e vindas ao hospital e denúncias de negligência médica que chocaram a cidade.

Os vereadores aprovaram, por unanimidade, um requerimento cobrando explicações formais da Santa Casa sobre o que aconteceu entre os dias 25 e 29 de maio.

O pedido, apresentado pelo vereador Rafael Tavares, exige detalhes do prontuário da criança, escalas de plantão, laudos, protocolos adotados e até que medidas foram tomadas depois da tragédia.

Sophie sofreu um acidente bobo dentro de casa: um portão caiu e acertou sua cabeça. A família correu para a UPA da Vila Almeida e, depois, ela foi transferida para a Santa Casa. Ali, segundo os relatos, o calvário começou. Exames foram feitos, mas a menina foi liberada em poucas horas. Nos dias seguintes, febre alta, vômitos e dor constante não foram suficientes para sensibilizar os médicos. Só depois de uma tomografia veio a constatação: fratura e sangramento.

“Eles falaram que o sangramento não era nada, que não tinha importância. Mas minha filha foi piorando. No último dia, estava irreconhecível. Inchada, sem conseguir abrir os olhos. E morreu”, desabafou Maria Aparecida Viana, a mãe.

A pequena teve duas paradas cardíacas e não resistiu. O que era para ser só um susto terminou em enterro. E agora, os pais querem respostas. “Quem escolhe ser médico precisa ter amor pelo que faz. Não pode tratar uma criança como se fosse qualquer coisa”, continuou a mãe, emocionada.

A tia da menina, Maria Leonice, também falou durante a sessão. Foi direto ao ponto: “Estamos sangrando por dentro. Não foi só nossa família. Outras mães choram por erros que não podem mais ser consertados. A dor não é só nossa. Essa é a Casa que pode brigar com a gente por justiça”.

Ao final da votação, o plenário fez um minuto de silêncio. E a cobrança foi clara: a cidade quer saber quem errou, por que errou e o que será feito para que nenhum outro pai enterre um filho por descaso.

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