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Política

Caravina discute janela partidária e permanência no PSDB em meio à fusão

“Não faz sentido adiar uma decisão estratégica para o ano que vem. Se a fusão vai mudar a configuração política, é melhor que isso se resolva o quanto antes”, alertou o deputado, durante encontro em Brasília

Conjuntura Online
05/06/25 às 16h45
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Caravina articula permanência no PSDB (Foto: reprodução)

A fusão entre PSDB e Podemos, aprovada por ampla maioria durante a convenção nacional tucana na quarta-feira (5), em Brasília, reacendeu discussões sobre fidelidade partidária e abriu caminho para possíveis realinhamentos políticos em Mato Grosso do Sul.

Um dos primeiros a se posicionar foi o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), que condiciona sua permanência na nova legenda ao apoio explícito à reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB) em 2026.

Caravina, que esteve em Brasília na convenção tucana, defende a abertura de uma janela partidária, permitindo que deputados, prefeitos e vereadores com mandato possam migrar de partido sem risco de perder os cargos.

Para ele, a reorganização precisa ser feita agora, com tempo hábil para fortalecer chapas e lançar novas lideranças antes do próximo pleito.

“Não faz sentido adiar uma decisão estratégica para o ano que vem. Se a fusão vai mudar a configuração política, é melhor que isso se resolva o quanto antes”, alertou o parlamentar, que também já foi prefeito de Bataguassu e presidiu a Assomasul.

Embora reafirme seu interesse em permanecer no PSDB, Caravina aponta a necessidade de uma diretriz clara. “Sou filiado há anos, mas o partido precisa estar inserido no arco de alianças que vai apoiar Riedel. Caso contrário, precisaremos buscar outro caminho”, explicou após reunião com o presidente nacional da sigla, Marconi Perillo.

A leitura de Caravina é pragmática: com o novo cenário, dificilmente o PSDB manterá o mesmo tamanho que tem hoje em Mato Grosso do Sul, onde é a maior força política. Segundo ele, a dispersão será inevitável caso o partido não sinalize rumo e liderança.

Estrutura partidária 

Atualmente, os tucanos comandam três cadeiras na Câmara Federal, seis na Assembleia Legislativa, mais de 45 prefeituras e centenas de câmaras municipais no Estado. Ainda assim, interlocuções com outras legendas — como PP e PL — vêm se intensificando, inclusive com o próprio governador Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, que preside o PSDB no Estado.

A 17ª convenção nacional do partido aprovou o início formal do processo de incorporação do Podemos, com 98% dos votos favoráveis. A nova legenda pretende ocupar o espaço do centro democrático brasileiro, mas ainda precisa passar pela homologação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o que pode levar alguns meses.

Nesse intervalo, articulações como a de Caravina tendem a ganhar força nos bastidores — com o foco não apenas em 2026, mas também na sobrevivência política de um partido que busca se reinventar em meio às disputas por espaço e protagonismo.

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