A manhã desta quinta-feira (5) começou com mais uma ofensiva do Ministério Público de Mato Grosso do Sul contra um esquema bilionário de corrupção envolvendo a Prefeitura de Sidrolândia, informa reportagem do G1
Batizada de Operação Tromper, a quarta fase da investigação aponta que a organização criminosa seguiu operando mesmo após fases anteriores e medidas judiciais já adotadas.
Um dos alvos novamente foi Claudinho Serra (PSDB), ex-vereador de Campo Grande e genro da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP). O apartamento onde ele mora, na capital, foi vasculhado por agentes nas primeiras horas do dia.
A força-tarefa cumpre três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em endereços ligados ao grupo investigado.
Segundo os investigadores, o foco agora são contratos na ordem de R$ 20 milhões firmados com empresas de engenharia e pavimentação. Há indícios robustos de pagamento de propinas a servidores públicos, além de estratégias sofisticadas para esconder a origem do dinheiro ilícito.
Apesar das fases anteriores, o grupo seguiu ativo e firmando contratos com indícios de irregularidade. Essa reincidência reforçou a necessidade de novas prisões e do aprofundamento das investigações.
A ação tem o suporte do GAECO, GECOC, BOPE, Batalhão de Choque, Força Tática da PM e da assessoria militar do MPMS.
Claudinho já havia sido preso em 2024, na terceira etapa da operação, sob a acusação de envolvimento em um desvio de R$ 15 milhões da prefeitura de Sidrolândia, onde atuou como secretário de Fazenda. Ele foi solto pouco tempo depois, sob monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Antes disso, também ocupou cargo em Campo Grande, como diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes. O nome dele continua presente nas investigações como uma peça-chave no suposto esquema que mistura política, contratos públicos e favorecimento de empresas.