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Política

Mesmo com 11 ministérios, Centrão deve ficar fora da reeleição de Lula

Essa é a avaliação do líder da maioria no Senado, Vital do Rêgo (MDB-PB).

Conjuntura Online
09/07/25 às 08h15
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Vital do Rêgo (Foto: Reprodução/Instagram)

Apesar de ocuparem 11 ministérios, os partidos do centrão não fazem parte dos planos de reeleição do presidente Lula (PT). Essa é a avaliação do líder da maioria no Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Aliado do petista, ele diz não ter dúvidas de que siglas como União Brasil, PP e Republicanos não subirão ao palanque do governo em 2026.

“Não é fato novo, é sabido (que as siglas não defenderão a reeleição de Lula). Qual a dúvida? Legitimamente, cada partido busca os seus espaços. O que não é legítimo é que façam a opção de estarem no governo mas não sejam honestos em relação à defesa da gestão. Mas não tenho dúvidas de que o Republicanos não votará na reeleição do presidente Lula, assim como PP e União Brasil também não votarão. Essa é uma situação que o governo já sabia, porque está claramente exposto desde o ano passado”, analisou Veneziano, em entrevista ao podcast Direto de Brasília, apresentado por Magno Martins.

Para o senador, o erro do governo Lula teria sido na “correção de rumos”, mantendo partidos com assento na Esplanada dos Ministérios que não fazem a defesa da gestão.

“A correção de rumos é que não foi feita devidamente, no sentido de saber com quem você pode contar”, completou.

Veneziano descarta uma eventual federação entre seu partido e o Republicanos, como chegou a ser ventilado no meio político. “Acho que não acontecerá, por uma razão bastante lógica. Existe no MDB uma participação majoritária de quem defende a continuação do governo atual. E a esmagadora maioria do Republicanos tem a tendência de direita, sendo contrário ao presidente Lula. Logo, como se faria esse arranjo para a eleição nacional, e como ele se estenderia nas eleições estaduais? Por isso, não creio”, afirmou o senador, se dizendo mais afeito a uma combinação com o PSDB ou com o Podemos. “Mas isso é uma condução que cabe ao presidente nacional, Baleia Rossi”, completou.

O senador fez elogios ao atual vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), mas não descarta que seu partido possa, caso surja o momento, pleitear a vaga na chapa de Lula.

“Sejamos justos, Alckmin foi muito importante, foi fundamental na eleição do presidente Lula. E tem sido um grande aliado, um grande colaborador, tem produzido resultados efetivos para a indústria no ministério. É digno de todo o nosso reconhecimento. Se mais adiante o MDB puder postular uma presença na chapa majoritária, caso surja essa situação, não vou negar que tenhamos nomes a sugerir. Mas não é um tema que vem sendo tratado”, ponderou Veneziano.

Clima ruim 

Sobre o clima ruim entre governo e Congresso, após a derrubada do decreto do IOF, o parlamentar defendeu a iniciativa do presidente de ingressar no STF (Supremo Tribunal Federal). Veneziano ressaltou que o Legislativo quebrou um acordo costurado entre os poderes.

“O governo tem a legitimidade de questionar o comportamento do Congresso. E vai recorrer a quem? Ao STF. Temos que ter calma, vamos entender os dois lados de forma madura. Não há confronto estabelecido. O que o governo quer propor e está a fazer é buscar a justiça tributária. Como podemos ter R$ 800 bilhões de renúncias tributárias? Isso é inconcebível”, colocou Veneziano.

“Houve uma reunião na residência oficial da Câmara, e depois de seis horas saiu um acordo. Seria apresentado um novo formato de decreto, com as lideranças das duas Casas concordando. E, para a surpresa do governo, veio a votação do projeto de decreto legislativo, gerando uma insatisfação e uma frustração”, completou.

Para Veneziano, o clima hostil tende a continuar devido ao calendário eleitoral. Porém, segundo ele, é preciso perseverar. “Sabemos que esse é o cenário, não é novo, foi posto desde o momento que o governo se instalou, elegendo o presidente mas não fazendo a maioria no Congresso. Temos uma oposição desejosa de atacar o governo com propósitos dos mais variados. Penso que o governo haverá de poder gozar de uma situação mais estável com os resultados, com as entregas. Quando a sociedade puder constatar e responder favoravelmente, isso gerará uma pressão contra o Congresso. Esse recado haverá de chegar”, concluiu o senador. (Com agências nacionais)

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