Por Walter Carneiro Jr.
Enquanto o Brasil continua paralisado por uma guerra de narrativas ideológicas, um estado brasileiro do Centro-Oeste tem mostrado que é possível entregar resultados concretos sem fazer muito barulho.
Longe da polarização que contamina o debate nacional, a região avança em áreas estratégicas como educação, geração de empregos, preservação ambiental e inclusão digital, com índices que já superam, em vários aspectos, a média nacional.
O dado mais relevante talvez seja a estabilidade administrativa. Enquanto grande parte do País está imersa em disputas partidárias, o governo de Mato Grosso do Sul optou por uma rota pragmática, centrada em resultados.
A escolha por uma gestão técnica, sem apelo às divisões ideológicas, tem se refletido em indicadores positivos e políticas públicas assertivas que resultam na melhoria da qualidade de vida da população.
Não se trata apenas de discurso, mas de efeitos concretos na realidade, perceptíveis no dia a dia, conforme atestam os números das pesquisas realizadas por instituições credenciadas.
Na educação, os avanços são mensuráveis, todos os índices em crescimento acentuado: mais de 62% das escolas estaduais já oferecem o ensino em tempo integral, rede física reformada e base tecnológica em franco avanço, de acordo com comparações feitas com os países mais desenvolvidos.
Além disso, os professores do Estado recebem a maior remuneração do País, algo que garante um ensino de qualidade e um aumento de desenvolvimento humano que terá profundos reflexos nas próximas gerações.
No mercado de trabalho, uma política proativa na captação e consolidação de grandes plantas industriais vinculadas à agroindústria, energia limpa e proteínas é nosso maior capital, com uma carteira do mercado privado que investe mais de 100 bilhões nessa base consistente do crescimento estadual.
O segredo de Mato Grosso do Sul está na contínua oferta de capacitação, tanto que o Estado opera em regime próximo ao pleno emprego, com sobra de oportunidades de trabalho e falta de mão de obra disponível, com milhares de vagas geradas em setores como agroindústria, serviços e tecnologia.
Em MS, a agenda econômica caminha lado a lado com um compromisso ambiental que merece reconhecimento. O governador Eduardo Riedel, biólogo de formação, tem profundo conhecimento das interações ambientais e sabe que o caminho do desenvolvimento sustentável é irreversível.
Com criatividade e percepção ambiental, a idealização do Fundo Clima Pantanal, por exemplo, representa uma alternativa inovadora de monetizar a conservação ambiental, que pode inspirar outras unidades da Federação.
Hoje temos orgulho de ver inúmeras autoridades nacionais elogiando a iniciativa, especialmente em tempos em que a preservação da natureza se torna tema central nos debates globais, pois os estudos indicam que esse é o caminho para que o futuro da humanidade seja uma junção de igualdade social, alto padrão de qualidade de vida e economia fortalecida pelos conceitos de sustentabilidade.
No campo do saneamento, e ele é básico, Mato Grosso do Sul também se destaca. O processo de universalização já indica como essa possibilidade será realidade nos próximos três anos, visto que reflete um esforço estruturado e planejado, capaz de ampliar a cobertura e o tratamento com eficiência e previsibilidade.
Trata-se de uma política pública com efeitos diretos na saúde, na qualidade de vida e na produtividade das famílias do Mato Grosso do Sul.
Esse conjunto de ações não ocorre por acaso. O perfil da gestão estadual, com foco na governança, no trabalho e na inovação, contribui para a estabilidade e para a continuidade de políticas de longo prazo.
Mais do que carisma, a experiência e o compromisso com entregas concretas têm pautado a atuação do governador Eduardo Riedel e de toda a sua equipe.
Vale lembrar o esforço deliberado do governo local em se manter distante de eventos distrativos que desgastam o debate nacional, desviando-se do foco e das metas essenciais com a valorização da cidadania.
A recusa em entrar em disputas de “nós contra eles” cria espaço para decisões mais técnicas e menos contaminadas por cálculos político-partidários de curto prazo.
Esse distanciamento, no entanto, não significa ausência de visão política. Ao contrário: trata-se de uma escolha estratégica que valoriza o papel do Estado como agente indutor de desenvolvimento e transformador de realidades sociais. A política, nesse caso, cumpre sua função de definir as prioridades dentro de um plano estratégico que busca, acima de tudo, o desenvolvimento socioeconômico.
O Brasil, mergulhado em crises recorrentes de governabilidade e em ciclos de radicalização, precisa olhar com atenção para modelos que escapam da lógica da autodestruição. Mato Grosso do Sul apresenta, neste contexto, um exemplo de como é possível avançar mesmo diante de um ambiente institucional adverso.
Não se trata de idealizar o Estado, tampouco de ignorar seus desafios. Há problemas a serem superados. Mas é forçoso reconhecer que há uma tentativa real de responder aos problemas da população com soluções práticas, sustentáveis e eficazes.
Que esse modelo inspire discussões mais produtivas sobre o futuro da gestão pública brasileira, sobretudo num País que se diz democrático e desenvolvido, e que precisa encontrar resultados concretos, e não debates estéreis que não levam a lugar nenhum.
Felizmente, temos que reconhecer que a população compreendeu que o trabalho que estamos desenvolvendo é o melhor que nossa história já produziu.
* Walter Carneiro Jr. é advogado e secretário de Estado adjunto da Casa Civil.