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Política

Afastado por suspeita de corrupção, Chadid recebeu mais de R$ 1 milhão em salários

Mesmo fora das funções desde dezembro de 2022, conselheiro continua na folha de pagamento do TCE-MS

Conjuntura Online
14/08/25 às 10h18
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Conselheiro afastado do TCE-MS Ronaldo Chadid. — (Foto: Reprodução)

O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) Ronaldo Chadid segue recebendo salário mesmo após ser afastado do cargo por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. Desde dezembro de 2022, os proventos somam mais de R$ 1 milhão.

Segundo o Portal da Transparência do TCE-MS, em junho, Chadid recebeu R$ 41.694,99 líquidos. Deste total, R$ 31.233,99 correspondem ao salário e R$ 10.461 a outros pagamentos legais ou judiciais. Desde o afastamento, ele já recebeu o total de R$ 1.169.810,90, conforme os dados públicos, informa o G1.

Um levantamento feito pelo g1 mostra que o salário bruto atual de Chadid é de R$ 47.703,86. Além disso, em alguns meses ele recebeu valores extras registrados como "outros pagamentos legais ou judiciais".

Nesta quarta-feira (13), o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu prorrogar por mais um ano o afastamento do conselheiro. Apesar de não estar em atividade, ele seguirá recebendo o salário.

A lei garante que magistrados e conselheiros afastados cautelarmente continuem recebendo remuneração até que haja decisão final da Justiça.

O g1 questionou a defesa sobre a opinião do conselheiro em continuar recebendo salário sem exercer o cargo, mas não obteve resposta.

Sobre a decisão

A decisão de manter Chadid afastado foi tomada a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Conforme o órgão, os motivos que levaram ao afastamento continuam válidos. No documento, Falcão afirma que as restrições precisam continuar para preservar a reputação, a credibilidade e a imagem do Tribunal de Contas.

As medidas cautelares foram prorrogadas até 13 de agosto de 2026. Nesse período, Chadid seguirá usando tornozeleira eletrônica e não poderá deixar o país nem ter contato com outros investigados.

Ao g1, os advogados Gustavo H. Righi I. Badaró e Jennifer C. A. Falk Badaró, informaram que a decisão será impugnada pelos meios legais.

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