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Política

Maduro descumpriu ultimato de Trump para deixar o poder, dizem fontes

O ditador teria solicitado anistia para familiares e integrantes do regime, além de retirada de acusações do Tribunal Penal Internacional, mas presidente americano negou pedidos durante conversa por telefone

Conjuntura Online
02/12/25 às 07h41
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Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Foto: Ariana Cubillos)

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, está ficando sem opções para renunciar e deixar seu país com o salvo-conduto garantido pelos Estados Unidos, após uma breve ligação com o presidente dos EUA, Donald Trump.

O republicano recusou uma série de pedidos do líder venezuelano, de acordo com quatro fontes informadas sobre a ligação.

O telefonema, em 21 de novembro, ocorreu após meses de crescente pressão dos EUA sobre a Venezuela, incluindo ataques contra barcos que supostamente traficavam drogas no Caribe, repetidas ameaças de Trump de estender as operações militares para terra e a designação do Cartel de los Soles, um grupo que o governo Trump diz incluir Maduro, como uma organização terrorista estrangeira.

Maduro e o regime venezuelano sempre negaram todas as acusações criminais e dizem que os EUA estão buscando uma mudança de regime para assumir o controle dos vastos recursos naturais da Venezuela, incluindo o petróleo.

O líder chavista disse a Trump durante a ligação que estava disposto a deixar a Venezuela desde que ele e seus familiares tivessem anistia legal total, incluindo a remoção de todas as sanções dos EUA e o fim de um caso emblemático que ele enfrenta no Tribunal Penal Internacional, disseram três das fontes.

Maduro também solicitou a remoção das sanções a mais de 100 autoridades do governo venezuelano, muitas delas acusadas pelos EUA de abusos de direitos humanos, tráfico de drogas ou corrupção, de acordo com as três pessoas.

O líder venezuelano pediu que a vice-presidente Delcy Rodríguez administrasse um governo interino antes de novas eleições, de acordo com duas das fontes.

Trump rejeitou a maioria dos pedidos na ligação, que durou menos de 15 minutos, mas disse a Maduro que ele tinha uma semana para deixar a Venezuela para o destino de sua escolha junto com seus familiares.

Essa passagem segura expirou na sexta-feira, o que levou Trump a declarar no sábado que o espaço aéreo da Venezuela estava fechado, disseram duas das fontes.

O Miami Herald relatou anteriormente vários detalhes da ligação. O prazo de sexta-feira não havia sido divulgado anteriormente.

Trump confirmou no domingo que havia conversado com Maduro, sem fornecer detalhes. A Casa Branca também não quis detalhar o telefonema, e o Ministério da Informação da Venezuela não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

O governo Trump disse que não reconhece Maduro, no poder desde 2013, como o presidente legítimo da Venezuela. Ele reivindicou a vitória da reeleição no ano passado em uma votação nacional que os EUA e outros governos ocidentais consideraram uma farsa e que observadores independentes disseram que a oposição venceu de forma esmagadora.

Falando a manifestantes, Maduro jurou nesta segunda-feira (1º) "lealdade absoluta" ao povo venezuelano.

Não está claro se Maduro ainda pode fazer uma nova proposta envolvendo uma passagem segura. Trump conversou nesta segunda-feira com os principais assessores para discutir a campanha de pressão sobre a Venezuela, entre outros tópicos, disse uma autoridade sênior dos EUA.

Uma fonte em Washington informada sobre as discussões internas do governo Trump não descartou a possibilidade de uma saída negociada para Maduro, mas ressaltou que ainda há divergências significativas e que detalhes importantes ainda não foram resolvidos.

Os EUA aumentaram a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro para US$50 milhões e têm recompensas de US$25 milhões para outros altos funcionários do governo, incluindo o ministro do Interior Diosdado Cabello, que foram indiciados nos EUA por suposto tráfico de drogas, entre outros crimes. Todos negam as acusações.

O regime de Maduro solicitou outra ligação com Trump, de acordo com três fontes. (Da Reuters)

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