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Esportes

Irmão de Bruno Henrique está entre envolvidos em caso de apostas

Wander Júnior se aposentou em 2017 e, desde então, atua no futebol amador de Minas Gerais

Conjuntura Online
16/04/25 às 14h19
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Wander atua no futebol amador de Minas Gerais (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal indiciou, na última segunda-feira, tanto Bruno Henrique, do Flamengo, quanto Wander Nunes Pinto Júnior, irmão do atacante, por suspeita de envolvimento em um esquema de fraude em competição esportiva. Os documentos mostram os dois conversando sobre o cartão amarelo que o atleta receberia e as apostas feitas pelo irmão.

Um ano mais velho do que Bruno Henrique, Wander Júnior, de 35 anos, não é tão conhecido quanto o irmão, mas também já se arriscou no futebol. Ele tentou a sorte como atleta profissional e passou por Aseev e Anápolis, de Goiás, Uberlândia e Guarani, de Minas Gerais. E, inclusive, enfrentou o Cruzeiro no Campeonato Mineiro de 2016.

Segundo o site ge, Wander se aposentou do futebol em 2017, em função de lesões na vértebra. Ele ficou quase um ano parado por conta de fraturas no local e, por conta disso, decidiu parar de atuar profissionalmente e aproveitou para ficar mais com seus filhos. No entanto, foi na várzea que o irmão do atacante do Flamengo se destacou.

Wander atua no futebol amador de Minas Gerais e foi campeão Recopa Amador de 2024, organizada pela FMF (Federação Mineira de Futebol). O irmão de Bruno Henrique veste a camisa 17 em suas partidas e é chamado de "Juninho Neymar", apelido que surgiu há mais de dez anos, após platinar o cabelo em homenagem ao craque brasileiro.

Atualmente, Juninho Neymar possui mais de 25 mil seguidores nas redes sociais e se arrisca como streamer de jogos nas horas vagas, transmitindo ao vivo jogos eletrônicos pela internet. Na descrição do conteúdo, o irmão de Bruno Henrique diz que costuma jogar GTA, Fifa, Cs Go e NBA.

Bruno Henrique e o irmão foram indiciados, nesta segunda-feira, pela Polícia Federal, por estelionato e fraude em competição esportiva para suposto benefício de apostadores. O mote da investigação é o recebimento do cartão amarelo na partida contra o Santos, pela 31ª rodada do Brasileirão de 2023, que levantou suspeitas e motivou investigação em agosto do ano passado.

Veja mensagens entre Bruno Henrique e o irmão

Um dos diálogos mostra Wander dizendo ao jogador que não havia recebido dinheiro da aposta por suspeita de fraude. Ele pede ajuda de Bruno Henrique com dinheiro emprestado, pois estava com dificuldades para pagar o cartão de crédito e pensão para os filhos.

“Fala mano bom dia beleza? Pra você ter ideia sabe a parada que você me deu ideia do Santos (cartão amarelo). até hoje eles não pagou. Coloquei 3 pra ganhar 12 e eles bloquearam por suspeita. Tô pensando aqui se você puder fazer isso você vai me salvar de coração mesmo”, diz Wander a Bruno Henrique.

De acordo com a PF, o trecho indica que Bruno Henrique de fato teria informado de forma privilegiada a Wander Junior sobre o cartão amarelo que este forçaria para receber no jogo entre Flamengo e Santos realizado no dia 01 de novembro de 2023.

Na sequência, Bruno Henrique informa: “Tendi nada oq vc falou aqui Juninho”, Wander responde: “Fala aí mano, o que você não entendeu?”, Bruno retruca: “Isso aqui”.

“No dia que você me deu ideia do cartão, eu apostei 3 mil pra ganhar 12 mil. Só que até hoje eles não pagou, eles colocou a aposta sobre análise, e o dinheiro está todo preso lá 12K. Aí estava pensando me ajuda nessa aí com 10 mil só pra resolver minhas coisas até esse dinheiro sair, pagar o cartão, pagar pensão dos meninos que esta atrasada, me estabilizar aqui”, explica Wander.


Bruno Henrique, então, aceita o pedido do irmão e empresta R$ 10 mil. De acordo com a PF, Bruno Henrique envia uma espécie de comprovante bancário e escreve: “Pegando dinheiro vc paga em”. Os policiais esclarecem no inquérito que, neste caso, Bruno Henrique estaria se referindo ao dinheiro da aposta, ora investigada, que Wander ainda não teria recebido por conta da suspeita de fraude.

Quem são os envolvidos no esquema?

A PF identificou dez pessoas envolvidas no esquema, sendo três com relações familiares com Bruno: o irmão Wander, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso. Os três apostaram na partida.

Os investigados foram alvos de operação de busca e apreensão em novembro do ano passado. Na ocasião, Bruno Henrique teve o celular apreendido. O aparelho foi um dos analisados pelos agentes, assim como o de Wander. (Com O Globo)

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