Apesar das grandes premiações que serão entregues no Mundial de Clubes, a Fifa tem negociações complexas com autoridades dos EUA para evitar que as equipes enfrentem altos impostos.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a entidade ainda não consegue garantir isenção aos times estrangeiros, que podem ter que pagar taxas que variam entre os estados locais.
A situação é diferente da Copa do Mundo de seleções, que também será realizada nos Estados Unidos (além do México e do Canadá) em 2026. Para este torneio, agendado com maior antecedência, a Fifa já consegue garantir isenção total às federações envolvidas.
Cada clube brasileiro irá receber 15,21 milhões de dólares (cerca de R$ 86 milhões) por participação. Só na fase de grupos, serão pagos também 2 milhões de dólares por vitória e 1 milhão de dólares por empate. Nas fases seguintes esses valores são multiplicados.
As diferentes alíquotas entre os estados do país norte-americano ainda geram uma ameaça ainda maior a clubes que vão atuar em locais com as maiores taxas. Por exemplo, na Flórida não há imposto de renda estadual.
Sendo assim, os times que jogarem nas cidades de Miami e Orlando estarão isentos deste tipo de cobrança fiscal. Outros locais já variam, como as taxas de 3% na Pensilvânia, 5,5% em Atlanta e 7% na Califórnia.
Além disso, alguns estados americanos não reconhecem os "tratados de dupla tributação" do governo local com outros países, que impedem que pessoas físicas e jurídicas sejam tributadas duas vezes sobre seus rendimentos por regimes diferentes.
A Fifa negocia a isenção destes impostos com autoridades locais e, de acordo com o The Guardian, está otimista de conseguir a resolução.
O presidente Gianni Infantino se encontrou com Donald Trump duas vezes em março e levou o novo troféu do Mundial de Clubes ao Salão Oval, na Casa Branca. Na semana passada o presidente da FIFA visitou o FBI. (ge)