O presidente colombiano, Gustavo Petro, foi fez uma publicação X no domingo (19) na qual chama Donald Trump de "rude" e "ignorante".
Isso aconteceu depois que o presidente dos Estados Unidos o chamou de "líder do tráfico ilegal de drogas" e disse que os pagamentos de subsídios ao país sul-americano cessariam.
Trump já havia acusado Petro nas redes sociais de "encorajar fortemente a produção em massa de drogas" e que "pagamentos e subsídios em larga escala" cessariam.
A Reuters não conseguiu estabelecer imediatamente a quais pagamentos Trump estava se referindo.
A Colômbia já foi um dos maiores destinatários de ajuda dos EUA no Hemisfério Ocidental, mas o fluxo de dinheiro foi repentinamente reduzido este ano pelo fechamento da USAID, o braço de assistência humanitária do governo americano.
O Departamento de Estado dos EUA encaminhou perguntas à Casa Branca, que não respondeu imediatamente à consulta.
Enquanto isso, o Ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Sanchez, defendeu Petro durante uma cerimônia que marcou o Dia do Voto Jovem, afirmando que a Colômbia intensificou sua própria ofensiva contra as drogas no ano passado.
Moradores de Bogotá expressaram preocupação com as repercussões das relações tensas com os Estados Unidos, particularmente em relação à suspensão da ajuda.
Enquanto isso, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse no domingo (19) que as forças americanas atacaram uma embarcação associada a um grupo rebelde de esquerda colombiano.
Hegseth escreveu no X que o Pentágono destruiu um navio e matou três pessoas na sexta-feira (17) "na área de responsabilidade do USSOUTHCOM", que inclui o Caribe.
Ele disse que o navio era afiliado ao grupo rebelde de esquerda Exército de Libertação Nacional e estava envolvido no contrabando ilícito de narcóticos, sem oferecer evidências para apoiar a alegação.
Foi o mais recente de uma série de ataques dos EUA no Caribe contra embarcações que, segundo o governo Trump, transportavam drogas.
As relações entre Bogotá e Washington pioraram desde que Trump voltou ao cargo em janeiro.
No mês passado, os Estados Unidos revogaram o visto de Petro depois que ele se juntou a uma manifestação pró-palestina em Nova York e pediu aos soldados americanos que desobedecessem às ordens de Trump.
Os ataques mortais do governo dos EUA contra barcos no Caribe também indignaram os colombianos.
No início deste mês, a Petro disse que um dos ataques atingiu um navio colombiano, uma alegação que o governo Trump negou.
A Colômbia está lutando contra seus próprios problemas de drogas de longa data.
No ano passado, Petro prometeu domar as regiões produtoras de coca no país com uma intervenção social e militar massiva, mas a estratégia trouxe pouco sucesso. (Da Reuters)