O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, convocou o embaixador colombiano nos Estados Unidos, Daniel García-Peña, para consultas em meio à piora da crise diplomática com o governo americano.
"O embaixador já se encontra em Bogotá. Nas próximas horas o governo nacional informará as decisões tomadas a respeito", diz a nota do Ministério das Relações Exteriores do país sul-americano.
Na linguagem diplomática, o movimento é considerado de crise e protesto. A relação entre os dois países chegou ao nível mais baixo da história recente e vem piorando desde que Donald Trump assumiu a presidência, em janeiro.
No domingo (19), Trump chamou Petro de "líder do tráfico ilegal de drogas" e disse que os Estados Unidos cessariam "pagamentos e subsídios em larga escala" à nação sul-americana.
"O objetivo da produção dessa droga é vender grandes quantidades do produto nos Estados Unidos, causando morte, destruição e caos", disse Trump em uma publicação no Truth Social.
A Colômbia já foi um dos maiores beneficiários de ajuda americana no Hemisfério Ocidental, mas o fluxo de dinheiro foi repentinamente reduzido este ano com o fechamento da USAID, o braço de assistência humanitária do governo americano.
Em resposta a Trump, Gustavo Petro fez uma publicação X no domingo (19) na qual chamou Donald Trump de "rude" e "ignorante".
No mês passado, os Estados Unidos revogaram o visto do presidente da Colômbia depois que Gustavo Petro se juntou a uma manifestação pró-Palestina em Nova York e instou os soldados americanos a desobedecerem às ordens de Trump.
O presidente da Colômbia é um duro crítico da atuação de Trump no nível internacional e tem criticado a atuação de militares americanos no mar do Caribe. Petro argumenta que os bombardeios contra barcos pequenos ferem "o princípio universal da proporcionalidade da força". (Com CNN)