Um esquema estruturado de fraudes contra usuários do aplicativo Caixa Tem revelou falhas graves na proteção de dados pessoais e na segurança dos benefícios sociais administrados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As ações criminosas envolvem roubo de informações, cooptação de funcionários internos e uso de softwares avançados para simular múltiplos acessos, gerando prejuízos diretos para milhares de brasileiros.
O esquema surge dias após o escândalo sobre o desvio de cerca de R$ 6,3 bilhões das contas de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
As quadrilhas começavam o golpe com a obtenção ilícita de CPFs de beneficiários. Com esses dados em mãos, acessavam contas no Caixa Tem e, com apoio de colaboradores internos, alteravam cadastros — em especial, os endereços de e-mail —, permitindo a redefinição de senhas e o sequestro das contas. A partir daí, realizavam transferências via Pix, pagamento de boletos e saques, esvaziando rapidamente os saldos disponíveis.
Para administrar o grande volume de contas fraudadas, utilizavam softwares capazes de simular diversos dispositivos móveis, o que dificultava a detecção pelas autoridades e ampliava a escala dos crimes.
Em resposta, a Polícia Federal intensificou operações em várias cidades, com foco inicial no Rio de Janeiro, onde foram apreendidos equipamentos utilizados nos golpes. A Caixa Econômica Federal anunciou a implantação de novos mecanismos de segurança, como biometria e inteligência artificial, para a identificação preditiva de comportamentos suspeitos.
O delegado Pedro Bloomfield Gama Silva ressaltou a necessidade de reforçar as áreas antifraude:
“As instituições precisam agir de forma mais rápida e eficaz para coibir fraudes em larga escala”, afirmou.
A Caixa informou ter afastado funcionários envolvidos nos esquemas e orienta os beneficiários prejudicados a procurarem uma agência ou contatar os canais oficiais para registrar reclamações e tentar recuperar os valores.
Riscos persistem apesar das ações
Apesar dos esforços anunciados, especialistas alertam que o desafio continua elevado. O uso de tecnologia de ponta pelos criminosos e o envolvimento de agentes internos agravam a dificuldade no combate às fraudes.
Além disso, a falta de investimentos robustos em segurança cibernética no setor público expõe milhões de brasileiros a riscos contínuos. (Com informações de agências nacionais)