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Política

Ex-chefe da Marinha nega ter colocado tropas à disposição de Bolsonaro

Almir Garnier narrou versão sobre um encontro entre os chefes das Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em dezembro de 2022

Conjuntura Online
10/06/25 às 09h43
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O almirante Almir Garnier Santos em depoimento. (Foto: Reprodução)

O ex-comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier, negou, em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (10), que tenha colocado tropas à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para uma eventual tentativa de golpe de Estado em 2022.

Garnier, segundo a CNN, deu ao ministro Alexandre de Moraes sua versão sobre um encontro entre os chefes das Forças Armadas e Bolsonaro, ocorrido em 7 de dezembro de 2022.

"Isso não ocorreu. Não houve deliberações. O presidente não abriu a palavra a nós. Ele fez as considerações dele, expressou o que mais pareciam preocupações e análises de possibilidade do que propriamente uma ideia ou uma intenção de conduzir alguma coisa em uma certa direção. A única que eu percebi, que era tangível e importante, era a preocupação com a segurança pública, para a qual a GLO é o instrumento adequado dentro de certos parâmetros", declarou o militar.

"Eu me atenho às minhas funções e responsabilidades. Às vezes, lendo alguns desses depoimentos, tenho certa dúvida de procedimentos. O senhor sabe que estamos tratando de militares. A Marinha é extremamente hierarquizada. Não vejo espaço, o Estatuto dos Militares diz que ao subordinado é dado o direito de receber por escrito uma ordem que ele receba e considere flagrantemente ilegal. Até que isso aconteça, ilações, discussões, ouvi coisas como 'conversa de bar'. Eu era comandante da Marinha, não era assessor político do presidente. Eu me ative ao meu papel institucional", concluiu.

Segundo a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), Garnier foi o único integrante das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe, versão criticada pela maioria dos parlamentares de oposição no Congresso Nacional. Eles consideram a ideia a narrativas dos partidos de esquerda e perseguição política do ministro Alexandre de Moraes a Bolsonaro e seus apoiadores. 

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