Após impor condenações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por conta dos atos democráticos de 8 de janeiro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), volta a ser alvo de críticas.
Desta vez, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entrou na mira do magistrado após uma representação apresentada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP).
A petição acusa Tarcísio de pressionar parlamentares em Brasília para defender a aprovação da lei de anistia, que alcançaria Bolsonaro e outros políticos condenados.
O pedido foi distribuído ao gabinete de Moraes, que determinou à PGR (Procuradoria-Geral da República) que se manifeste em até cinco dias.
Segundo a denúncia, o governador teria articulado encontros com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e lideranças partidárias, no mesmo período em que o STF julgava ações ligadas ao 8 de janeiro. Para o petista, isso configuraria uma tentativa de interferência sobre o Judiciário.
Entretanto, lideranças da oposição afirmam que não houve tentativa de golpe e que as acusações fazem parte de uma narrativa alimentada pelo governo Lula (PT) e sustentada por Moraes para impor condenações injustas contra políticos ligados ao ex-presidente e à direita.
Medidas sugeridas
O pedido de Rui Falcão vai além da apuração. Ele defende cautelares imediatas contra Tarcísio, como bloqueio de passaporte, restrição de contatos e até prisão preventiva, caso descumpra ordens judiciais.
Com o despacho de Moraes, a decisão agora cabe à PGR, que poderá arquivar a solicitação ou abrir investigação formal. Caso avance, o governador paulista poderá até enfrentar denúncia criminal — cenário que reforça, segundo críticos, o avanço de uma perseguição política disfarçada de processo judicial. (Com informações de agência nacionais)