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Política

Déficit de policiais leva Caravina a cobrar reforço no efetivo de MS

O parlamentar citou dados que apontam um déficit de quase 40% de investigadores e escrivães, afetando a segurança e as investigações

Conjuntura Online
19/03/25 às 08h57
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Caravina durante discurso na tribuna (Foto: Alems)

O déficit de policiais em Mato Grosso do Sul preocupa o deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), situação que o levou a pedir, nesta terça-feira (18), na tribuna da Assembleia Legislativa, medidas urgentes para reforçar o efetivo da Polícia Civil.

O parlamentar destacou dados recentes que apontam um déficit de quase 40% no número de investigadores e escrivães, comprometendo a segurança pública e a eficiência na investigação de crimes.

Na tribuna, o deputado voltou a defender o retorno temporário de policiais civis inativos ao serviço ativo como um mecanismo para reforçar o efetivo de policiais civis.

“Temos um concurso autorizado pelo Governo. A atividade judiciária tem aumentado muito, e criou-se a necessidade de ajuda dentro dos quadros da Polícia Civil. O nosso efetivo não tem condições de atender as demandas. Se houverem policiais aposentados que possam imediatamente voltar à ativa, e há uma lei que ampara isso na Polícia Militar, recebendo um adicional, traz uma solução imediata ao problema de defasagem na polícia judiciária”, considerou o parlamentar.

De acordo com o levantamento apresentado, o estado precisa de 1.980 investigadores, mas atualmente conta com apenas 1.212 em atividade. Já entre os escrivães de polícia, responsáveis por registrar ocorrências e documentos, o déficit é de 200 vagas, com apenas 460 ocupadas em um total de 660.

O problema se agrava quando se observa o crescimento populacional do estado, que aumentou 32% entre 2000 e 2022, enquanto o número de policiais praticamente não mudou.

Caravina destacou que a situação é ainda mais preocupante diante do aumento da demanda por serviços policiais, impulsionado por novas leis. Além disso, os crimes cibernéticos, como assédio e exploração sexual, têm crescido, exigindo mais esforço e especialização por parte da polícia.

Para enfrentar esse desafio, foi criada, em dezembro de 2024, a DERCC (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos). No entanto, a falta de policiais treinados ainda é um obstáculo para o pleno funcionamento da unidade.

“A defasagem de pessoas para os quadros da Polícia Civil é enorme, mesmo com o concurso que terá 300 vagas para escrivães e 100 para investigadores. Depois desse concurso, é necessário a alocação de recursos, gestão e orçamento. O momento fazer aquilo que está desgastando mais a nossa sociedade atualmente. A prioridade em fazer ações para trazer efetivo e minimizar a questão de atendimento à polícia judiciária”, concluiu o deputado Caravina, delegado aposentado.

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