O debate sobre a reforma administrativa da PEC 38/2025 ganhou novo capítulo na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (4), com deputados estaduais reforçando críticas à proposta após a manifestação da coordenadora-geral do Fórum dos Servidores, Ana Cláudia Gomes.
A deputada Mara Caseiro (PSDB), 3ª vice-presidente da Casa, classificou o momento como um dos mais sensíveis para o serviço público.
“Acabar hoje com a estabilidade do concurso é trazer um momento de muita instabilidade para os serviços públicos e órgãos públicos”, afirmou. Mara defendeu firme atuação política para tentar barrar o avanço da PEC no Congresso.
“Temos que fazer de tudo para que essa PEC 38 seja revertida e persevere a estabilidade de nossos servidores públicos.”
A parlamentar alertou ainda que extinguir a estabilidade afeta não apenas carreiras, mas também o direito à preparação dos candidatos.
“Acabar com um concurso é acabar, inclusive, com o direito das pessoas estudarem”, disse. Mesmo reconhecendo que nem todo servidor age com responsabilidade, Mara reforçou que a generalização é injusta.
“Não podemos generalizar. Aqui hoje nossos servidores são exemplares e fazem nossa Casa andar”, destacou.
Trajetória profissional
O deputado Professor Rinaldo Modesto também se posicionou contra a reforma. Em defesa dos servidores, lembrou sua trajetória profissional.
“Eu sou servidor público há 40 anos, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)”, afirmou.
Ele pediu que a Assembleia faça chegar sua posição à bancada federal de Mato Grosso do Sul. “É preciso que encaminhemos nossas reivindicações à bancada federal, cada estado fazendo seu papel, a diferença pode ser feita.”
Rinaldo elogiou a fala da coordenadora dos servidores e reforçou a necessidade de mobilização. “Quero registrar nossa satisfação em ouvi-la, Ana Cláudia Gomes. Tenho certeza de que Mato Grosso do Sul está muito ciente da responsabilidade que nós temos”, concluiu.
