Conjuntura - o 1º Site Político de MS
O 1º site político de Mato Grosso do Sul | Terça-feira, 08 de julho de 2025
Política

Proposta para frear ações partidárias no STF ganha força no Senado

Presidente do Congresso apresentará, nos próximos dias, uma proposta que cria mínimo de representação

Conjuntura Online
07/07/25 às 06h07
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. (Foto: Reprodução)

A proposta apresentada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), com objetivo de restringir o acesso de partidos políticos ao STF (Supremo Tribunal Federal), deverá contar com amplo apoio para aprovação na Casa.

A expectativa, segundo reportagem do R7, é de que o texto seja levado aos líderes partidários na próxima semana, como desdobramento das recentes judicializações envolvendo a derrubada dos decretos sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O caso chegou ao Supremo por iniciativa de uma legenda e deve se prolongar durante o mês de julho. Uma audiência de conciliação está marcada para o próximo dia 15. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão tanto dos decretos do governo quanto da anulação aprovada pelo Congresso.

Esse cenário fortalece o movimento por restrições ao número de ações apresentadas diretamente à Corte. Líderes de partidos como PP, PL, União Brasil, PSD e PSDB manifestaram apoio à iniciativa, destacando a necessidade de limitar demandas judiciais repetidas ou desproporcionais.
A proposta de Alcolumbre, segundo apurou o R7, deverá fixar um mínimo de representatividade para que partidos possam protocolar ações no Supremo.

A ideia é impedir que legendas com número reduzido de parlamentares questionem medidas aprovadas pelo Congresso. Atualmente, basta contar com um deputado ou senador para acionar o STF.

A Constituição Federal define as entidades legitimadas para apresentar ações diretas de inconstitucionalidade ou declaratórias de constitucionalidade. Entre elas, constam:

I – Presidente da República;
II – Mesa do Senado Federal;

III – Mesa da Câmara dos Deputados;

IV – Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

V – Governador de Estado ou do Distrito Federal;

VI – Procurador-Geral da República;

VII – Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII – Partido político com representação no Congresso Nacional;

IX – Confederação sindical ou entidade de classe de abrangência nacional.

A proposta de Alcolumbre pretende alterar o inciso VIII, estipulando uma base mínima de representação no Congresso para que partidos possam propor ações. O texto ainda está em fase de elaboração.

Outras propostas para restringir ações

Em outra frente, o senador Marcio Bittar (União-AC) recolhe assinaturas para uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) com conteúdo semelhante.

A justificativa do parlamentar menciona o aperfeiçoamento do controle concentrado de constitucionalidade exercido pelo STF.

“O objetivo é fortalecer o princípio democrático e assegurar que legendas com efetiva representatividade nacional tenham legitimidade para recorrer ao Supremo, evitando o uso desproporcional dessas ações por siglas sem respaldo eleitoral mínimo”, afirmou o senador em mensagem encaminhada a colegas parlamentares.

Na Câmara, o ex-presidente Arthur Lira (PP-AL) defendeu alterações legislativas voltadas a restringir o número de judicializações.

Para ele, o sistema precisa garantir estabilidade institucional, evitando contestações por minorias contrárias a decisões adotadas por ampla maioria.

Últimas em Política
VER TODAS AS NOTÍCIAS
Conjuntura - o 1º Site Político de MS
O 1º site político de Mato Grosso do Sul
Conjuntura Online - Copyright © 2004-2025. Todos os direitos reservados.