O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), se filiou nesta quinta-feira (18) ao PT. Ele estava sem filiação partidária há mais de um ano após ter deixado a Rede Sustentabilidade.
O senador assinou a filiação ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em encontro no Palácio da Alvorada.
A presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a primeira-dama Janja Lula da Silva também participaram do momento.
Randolfe já fez parte da bancada petista antes. Pela sigla, ele foi eleito pela primeira vez como deputado estadual em 1998. Ele deixou o PT em 2005 para se filiar ao PSOL. Depois, o parlamentar passou a integrar os quadros da Rede em 2015.
Como a CNN mostrou, Randolfe anunciou sua desfiliação da Rede em maio de 2023, após o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) rejeitar o licenciamento ambiental para exploração de petróleo na margem equatorial do país.
À época, a medida foi apoiada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que é fundadora do partido. Segundo o senador, a decisão do Ibama não ouviu o governo ou os cidadãos do Amapá, estado que representa.
“Voltei porque entendi que não posso esquecer de onde vim. Que aqui sou instrumento da mudança que quero para o Brasil e para o Amapá”, disse Randolfe em publicação nas redes sociais sobre o seu retorno ao PT.
Com a filiação de Randolfe, os três líderes do governo no Legislativo serão agora do partido do presidente Lula. Além do senador amapaense, o Executivo conta com o deputado José Guimarães (CE), líder na Câmara, e Jaques Wagner (BA), líder no Senado.
A vinda de Randolfe era esperada desde o fim de 2023, quando o senador anunciou que se filiaria ao partido de Lula. Em 2022, o senador integrou a equipe da campanha de Lula.
Randolfe atua como líder do governo no Congresso desde o início da gestão petista. No cargo, é responsável por articular principalmente a pauta de votações do Congresso, que incluem os vetos presidenciais e propostas relacionadas ao Orçamento.
Sua atuação, entretanto, tem sido criticada por integrantes da oposição e lideranças da Câmara dos Deputados que alegam o descumprimento de acordos nas votações.