A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) reforçou sua segurança pessoal e procurou a Polícia Federal após receber ameaças que, segundo ela, estariam ligadas ao trabalho como relatora da CPI das Apostas Esportivas.
As intimidações começaram antes mesmo da leitura do relatório final da comissão, que propunha o indiciamento de empresários e influenciadoras digitais com suposta ligação com sites de apostas ilegais.
De acordo com a senadora, as mensagens recebidas tinham tom intimidador e mencionavam diretamente sua atuação na CPI.
Diante disso, Soraya afirmou que passou a tomar precauções até mesmo dentro do Congresso, como evitar consumir bebidas no local. A decisão de solicitar escolta armada foi tomada após alertas de que poderia estar sendo seguida.
“Não é uma escolha, é uma necessidade. Eu incomodei muita gente com esse relatório”, disse a parlamentar, que apresentou documentos e registros à Polícia Federal. Ela acredita que a reação violenta de certos grupos mostra que a CPI chegou a pontos sensíveis de um mercado bilionário que opera à margem da regulamentação.
Mesmo com o relatório rejeitado na votação final por 4 votos a 3, Soraya promete seguir com os desdobramentos das investigações por outras vias. Ela garantiu que as provas reunidas pela comissão serão encaminhadas ao Ministério Público Federal, à Procuradoria-Geral da República e à própria PF.
A senadora defendeu que, apesar da CPI ter encerrado os trabalhos oficialmente, as denúncias não devem ser enterradas. “Não vão me calar. As ameaças só confirmam que estamos no caminho certo”, declarou.
