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Política

Acusada de compra de votos, Adriane Lopes será julgada pelo TRE na terça-feira

Partidos adversários alegam esquema com PIX, vídeos e depoimentos que indicariam favorecimento na eleição de 2024

Conjuntura Online
16/05/25 às 14h49
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Adriane Lopes e sua vice, Camilla Nascimento (e), durante a campanha. (Foto: Reprodução)

A prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), e sua vice, Camilla Nascimento (PP), terão os mandatos colocados em xeque na próxima terça-feira (20), quando o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) julga uma ação por suposta compra de votos nas eleições municipais de 2024.

De acordo com reportagem do portal de notícias VOX MS, a denúncia foi apresentada por PDT e Democracia Cristã, partidos que integraram a coligação adversária da então candidata Rose Modesto (União Brasil).

Ainda segundo a publicação, a ação é assinada pelo advogado Newley Amarilla e relata o uso de pagamentos indevidos em troca de votos, com base em vídeos, áudios, depoimentos e até comprovantes de transações via PIX supostamente realizados por uma assessora da prefeita.

Adriane venceu com 222.699 votos (51,45%) contra 210.112 votos (48,55%) obtidos por Rose — uma diferença de apenas 12.587 votos, margem considerada apertada em relação ao total de eleitores da capital.

Mesmo reconhecendo indícios de irregularidades, o juiz eleitoral de primeira instância, Ariovaldo Nantes Corrêa, decidiu, em janeiro, pela improcedência da ação, alegando ausência de provas diretas que ligassem Adriane e Camilla aos atos ilícitos. No entanto, o próprio magistrado destacou que houve "compra de votos (ou a promessa de)", determinando o envio do caso para investigação criminal.

O Ministério Público Eleitoral, por sua vez, discordou da decisão e defendeu a cassação. Em parecer anexado aos autos no fim de março, o procurador regional eleitoral Luiz Gustavo Mantovani reforçou a tese de que Adriane teve participação nas articulações denunciadas. Ele citou relatos de testemunhas que indicam a atuação de assessores e promessas da presença da prefeita em reuniões onde teriam ocorrido pagamentos em troca de apoio político.

O julgamento do recurso será decisivo para o futuro político da atual chefe do Executivo municipal. Caso o TRE acate o pedido, a cassação dos mandatos pode abrir caminho para novas eleições em Campo Grande.

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