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Operação contra pirataria tira do ar 675 sites e 14 apps de streaming ilegal

Ação mobilizou 9 estados, 5 países, órgãos continentais e até a Premier League, organizadora do campeonato de futebol inglês

19/09/2024 - 09h16

Brasília 

Com TV Globo 

Policiais civis cumprem mandados da operação 404, contra pirataria, em Curitiba (Foto: Ministério da Justiça/Divulgação)

Uma operação do Ministério da Justiça e Segurança Pública tirou do ar, nesta quinta-feira (19), 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegal.


A ação é a sétima fase da "Operação 404" – o nome faz referência ao "erro 404" que, no protocolo de internet, indica que o usuário tentou acessar uma página não encontrada.


De acordo com o ministério, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão.


Oito pessoas foram presas, sendo cinco no Brasil e três na Argentina. No Brasil, apenas um dos presos tinha mandado de prisão preventiva – os outros quatro foram detidos em flagrante.A operação, segundo o governo, faz parte de uma mobilização internacional contra infrações a direitos autorais.


Além de derrubar os sites, os conteúdos (áudio, vídeo e jogos, por exemplo) foram removidos dos servidores e desindexados dos mecanismos de buscas. Páginas e perfis também foram derrubados das redes sociais.


Prejuízo à economia e à indústria criativa


Ainda segundo o governo, os investigados são "suspeitos de distribuir conteúdo pirata em sites e plataformas digitais, prática que causa prejuízos significativos à economia e à indústria criativa, além de ferir os direitos de autores e artistas".


"As perdas para o setor cultural e criativo são significativas, mas os danos vão além do impacto econômico", diz o Ministério da Justiça.


Em operação recente, também sobre pirataria, policiais identificaram que os mesmos sites que distribuíam conteúdo sem autorização também espalhavam vírus e malwares – deixando os computadores dos usuários vulneráveis a roubo de dados e outros tipos de ataque.Cooperação internacional.


Segundo o governo, a ação foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao ministério.


Cumpriram os mandados as polícias civis de nove estados: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.


Os ministérios públicos de São Paulo e de Santa Catarina também participaram da ação.

Houve, ainda, o envolvimento de órgãos de cinco países (Argentina, Reino Unido, Estados Unidos, Peru e Paraguai); dois continentes (América Latina e União Europeia); e de entidades de defesa dos direitos artísticos e autorais nacionais e internacionais.


Veja abaixo a lista de associações, entidades e órgãos de investigação:


UFEIC (Unidad Fiscal Especializada en Investigación de Ciberdelitos), da Argentina;

ICity of London Police – Police Intellectual Property Crime Unit e IPO (Intellectual Porperty Office), do Reino Unido;

⁠Departamento de Justiça e ⁠Departamento de Comércio, dos EUA;

⁠INDECOPI (Instituto Nacional de Defensa de la Competencia y de la Protección de la Propiedad Intelectual), do Peru;

Unidad Especializada en Hechos Punibles Contra la Propiedad Intelectual do Paraguai;

Premier League (organizadora do campeonato de futebol inglês);

ACE (Alliance for Creativity and Entertainment);

ABITA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura); ⁠

ALIANZA (Aliança Contra a Pirataria de Televisão Paga) – América Latina;

CNCP (Conselho Nacional de Combate à Pirataria);

⁠AODIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais e Fonográficos);

MPA (Motion Picture Association) - América Latina;

IFPI (Representing the Recording Industry Worldwide);

⁠ESA (Entertainment Software Association);

EUÏPO (Instituto de Propriedade Intelectual da União Europeia); e

DINAPI (Dirección Nacional de Propiedad IntelectuaI), do Paraguai.

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