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Corpo de Juliana Marins não será cremado para o caso de exumação 

A cerimônia é no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba

Conjuntura Online
04/07/25 às 11h35
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Os pais de Juliana são amparados por parentes e amigos (Foto: Alexandre Cassiano/Agência O Globo)

O velório da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, acontece, nesta sexta-feira, no Cemitério e Crematório Parque da Colina, Pendotiba, Niterói, município da Região Metropolitana do Rio onde a jovem morava.

A jovem morreu após cair durante uma trilha no vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia. Algumas coroas de flores já estão no local. Pais de Juliana, Manoel Marins e Estela Marins chegaram por volta das 10h20.

Segundo a família, o corpo da jovem não será cremado e, sim, enterrado para o caso de ser necessária uma exumação.

— Quero agradecer ao povo brasileiro que se mobilizou e através da mobilização do povo brasileiro é que conseguimos algumas respostas. Não conseguimos todas. Algumas só conseguiremos após a segunda necropsia. Também agradeço à imprensa pela reverberação do caso, fazendo que o assunto fosse espalhado por todo o Brasil — disse Manoel.

Ele afirmou que, quando foi para a Indonésia, a intenção era trazer a filha viva para o Brasil:

— Infelizmente não consegui. Mas agradeço à embaixada brasileira, que nos acompanhou o tempo todo. Por conta deles, tivemos acesso às autoridades locais e compreender um pouco da dinâmica do fato. Ainda não está tudo claro, mas trata-se de despreparo, descaso coma vida humana, negligência e precariedade de serviços daquele país. Um país lindo, que depende do turismo, deveria ter mais estrutura e mais preparo para receber os turistas. Soube que eles só tinham um helicóptero, em Jacarta, que não tinha como chegar até o local do acidente. As equipes contaram com o apoio de helicóptero de uma mineradora.

Manoel lembrou a demora na mobilização do resgate de Juliana.

— A primeira imagem de drone da juliana parecia que ela estava em um platô, mas ela não estava. Ela já estava numa ribanceira íngreme, onde certamente ela não aguentaria muito tempo. Se a defesa Civil tivesse sido acionada no tempo certo, ela teria sido resgatada a tempo, mas o parque demorou muito para comunicar. Agora, me foi informado que o parque está reformulando seus protocolos. Disse para eles que, se a morte da Juliana servir para mudar para melhor os passeios no parque, isso vai dar um certo conforto — afirmou.

Ele disse, ainda, que no Brasil a população está acostumada com resgates rápidos e lembrou de um ocorrido na Praia de Itacoatiara, no último dia 25, quando um bombeiro desafiou o mar revolto para retirar uma mulher da água:

— Lá (na Indonésia) e em outros países essa não é a realidade.

Além de Manoel e da esposa, amigos e parentes também começam a no Parque da Colina. Aos poucos, os pais da publicitária vão sendo cumprimentados pelos presentes e recebem flores, abraços e palavras de incentivo.

— Fica de lembrança o sorriso dela. O "oi, papi" e o "oi, mami". Hoje estava vindo para cá junto com a minha esposa e nos perguntávamos se um dia essa saudade que estamos sentindo vai passar. Não sabemos, mas a doçura dela fica com a gente. Se pudesse resumir a Juliana em uma palavra, seria alegria — disse Manoel.

A despedida ocorre no anfiteatro do cemitério, que conta com uma película que impede a visão interna do espaço. O público que deseja dar o seu adeus à publicitária deve caminhar até o alto do local, onde será recebido por músicos que tocam temas clássicos. Depois, acessar uma porta preta na lateral esquerda do anfiteatro.

Ao GLOBO, Mariana Marins, irmã de Juliana, afirmou que o velório trouxe um pouco de paz à família, mas que seu coração permanece "apertado" diante de tudo o que aconteceu.

Nova necropsia

A nova necropsia foi realizada na quarta-feira por dois peritos legistas da Polícia Civil do Rio e acompanhada por um perito da Polícia Federal e um assistente técnico da família. O exame iniciou às 8h30 e terminou por volta das 11h. O laudo preliminar deve ser concluído em até cinco dias.

A expectativa da família é de que a nova perícia esclareça pontos como a data e o horário exato da morte, além de avaliar uma possível omissão de socorro por parte das autoridades locais. A primeira autópsia, realizada na Indonésia cinco dias após a morte, apontou trauma com fraturas, lesões internas e hemorragia intensa, indicando que Juliana teria morrido cerca de 20 minutos após a queda. Ainda assim, os familiares acreditam que dúvidas permanecem.

O corpo de Juliana chegou ao Brasil uma semana após sua morte ter sido confirmada. Os restos mortais desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, vindo da Indonésia em um voo da Emirates. De lá, foram trazidos ao Rio em uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira), pousando por volta das 20h de terça-feira no Aeroporto do Galeão. (Com O Globo)

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