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Desemprego cai para 7,1% no trimestre terminado em maio, aponta o IBGE

Com os resultados, o número absoluto de desocupados teve queda de 8,8% contra o trimestre anterior

28/06/2024 - 09h45

Rio de Janeiro

Com g1

Carteira de Trabalho e Previdência Social (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,1% no trimestre encerrado em maio, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em fevereiro, houve queda de 0,7 ponto percentual na taxa de desocupação, que era de 7,8%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,3%.

Trata-se do melhor resultado para um trimestre encerrado em maio desde 2014 (7,1%).


Com os resultados, o número absoluto de desocupados teve queda de 8,8% contra o trimestre anterior, atingindo 7,8 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 13%.


No trimestre encerrado em maio, também houve alta de 1,1% na população ocupada, estimada em 101,3 milhões de pessoas — novo recorde da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 3%, com mais 2,9 milhões de pessoas ocupadas.


Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o resultado reflete uma tendência de aumento de procura por trabalhadores em diversas atividades econômicas. Mas há também um fator sazonal de recuperação em setores como a Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que voltam a contratar após as dispensas de trabalhadores na virada de ano.


O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,6%, aumento de 0,5 p.p. do trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta é de 1,2 p.p.


Já o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 1,6%, estimado em 109,1 milhões. A população fora da força totalizou 66,8 milhões, estável em relação ao período anterior.


Veja os destaques da pesquisa

Taxa de desocupação: 7,1%

População desocupada: 7,8 milhões de pessoas

População ocupada: 101,3 milhões

População fora da força de trabalho: 66,8 milhões

População desalentada: 3,3 milhões

Empregados com carteira assinada: 38,326 milhões

Empregados sem carteira assinada: 13,7 milhões

Trabalhadores por conta própria: 25,5 milhões

Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões

Trabalhadores informais: 39,1 milhões

Taxa de informalidade: 38,6%


Carteira assinada e sem carteira batem recorde


Com o número de ocupados em patamares recorde, acima dos 101 milhões de brasileiros, o IBGE registrou novamente recordes nos números de trabalhadores com e sem carteira assinada.


Entre os empregados com carteira assinada, o número absoluto de profissionias chegou a 38,326 milhões, maior patamar da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012.


Contra o trimestre anterior, a alta foi de 0,9%, agregando 330 mil pessoas ao grupo. Contra o mesmo trimestre do ano passado, o ganho é de 4,1%, o que equivale a 1,5 milhão de trabalhadores a mais.


"Esse recorde é fruto de acumulação de expansão trimestre a trimestre. A última queda trimestral para a carteira assinada no setor privado foi em 2020, em função da pandemia e os prejuízos que ela trouxe ao mercado de trabalho", diz Adriana Beringuy, do IBGE.


Já os empregados sem carteira são 13,7 milhões, também recorde. A alta para o trimestre foi de 2,9%, com aumento de 383 mil trabalhadores no grupo. No comparativo com 2023, houve aumento de 5,7%, ou de 741 mil pessoas.


"A expansão do mercado de trabalho como um todo teve uma participação importante da parcela de trabalhadores informais, tanto que a taxa de informalidade ainda é de 38,6%, mas é um crescimento mais impulsionado pelo ramo formal", afirma Beringuy.


Rendimento estável no trimestre


O rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior, e passou a R$ 3.181. Na comparação anual, o crescimento foi de 5,6%.


Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 317,9 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado teve ganho de 2,2% frente ao trimestre anterior, e cresceu 9% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado

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