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Zé Teixeira é favorável a investigação sobre casos de desvio de função em MS

Sugestão é uma resposta ao pedido de auditoria feito pelo PT para investigar o sistema previdenciário dos servidores estaduais

01/12/2017 - 09h56

Campo Grande

Zé Teixeira (DEM) durante aparte na sessão de quinta (Foto: ALMS)

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM), primeiro secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa,  quer que a mesma auditoria solicitada pela bancada do PT para investigar o sistema previdenciário dos servidores estaduais de Mato Grosso do Sul, o MSPrev, também sirva para investigar casos de desvio de função. 


“Quem passa no concurso para ser professor, tem que ser professor. Policial, que seja policial e não vá trabalhar em outro setor nada a ver. Eu assino embaixo nessa investigação, porque, na verdade, esse rombo todo foi uma série sucessiva de erros de vários governos e alguém tem que ter coragem, como a gestão estadual atual está tendo, de mexer nisso aí senão daqui a pouco não conseguirá pagar mais a aposentadoria a ninguém”, colocou Zé Teixeira, em aparte durante discurso do deputado Pedro Kemp (PT). 


Na sessão de quinta-feira (30), a bancada do Partido dos Trabalhadores, formada pelos deputados João Grandão, Amarildo Cruz, Cabo Almi e Pedro Kemp, apresentou um requerimento pedindo as investigações no setor.


O requerimento foi apresentado pelo líder da bancada, João Grandão, que explicou que a intenção inicial era pedir a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), porém com a chegada do recesso parlamentar, optou-se por uma auditoria nas contas. 


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB), recebeu a questão de ordem e o requerimento deverá ser apreciado pelo plenário na próxima sessão ordinária. “Quero reiterar que podemos pedir que a auditoria seja feita por técnicos do Tribunal de Contas do Estado, que é órgão auxiliar do Poder Legislativo”, disse Mochi.


“Se o próprio governador admite que há um rombo de R$ 1,2 bilhão na pasta da Previdência e processos de aposentadorias milionárias, não tem como não fazermos uma auditoria séria. Já o estudo técnico de empresa contratada pela Ageprev (Agência Estadual de Previdência Social/MS) apontou que o déficit gira em torno de R$ 480 milhões. Que incoerência é essa? É uma diferença significativa”, destacou Kemp durante seu discurso.


Kemp ainda citou que é preciso investigar os imóveis do antigo Previsul, sistema que unificava a previdência e a assistência em saúde do servidor público estadual - já alvo de CPI - e que foi desmembrado no governo de Zerca do PT em MSPrev e Cassems, responsável pela assistência à saúde do servidor estaudual. 


“Há indícios de ter fazenda na beira do Rio Aquidauana, inúmeros imóveis, entre eles prédios da Agrisul. Aí aumenta a contribuição do servidor de 11% para 14% e daqui a pouco está em 20% o recolhimento, sem contar desconto do plano de saúde, imposto, etc., não vai sobrar salário. Esse dinheiro da previdência é do servidor e não do Governo. Só esses imóveis já pagariam o rombo, não precisa dar a conta para o servidor pagar”, sugeriu.


Amarildo Cruz concordou e ainda afirmou que, se for preciso, que se licite e contrate uma empresa privada de auditoria. 


“Esse é um debate sério, que apesar da votação ter sido encerrada, precisamos continuar lutando. O servidor trabalha 30, 35 anos sonhando com a aposentadoria e o Estado pegar o dinheiro do Fundo que existe vai impactar”, ressaltou. 


João Grandão reiterou que é preciso discutir desde a chegada do Plano Plurianual na Casa de Leis, que fique resguardado em Orçamento todas as questões que afetem o servidor. “Eu falei isso lá atrás, hoje está provado que deveríamos ter o apoio de todos os deputados, assim teríamos descoberto muita coisa antes da bomba estourar”, destacou.

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