O governo dos Estados Unidos quer reajustar sua presença global para se concentrar mais na América Latina e no combate à migração, segundo a nova estratégia da administração Donald Trump.
O documento, publicado nesta sexta-feira (5) com o título “Estratégia Nacional de Segurança”, afirma que Washington reajustará sua “presença militar global para enfrentar ameaças urgentes em nosso Hemisfério, e se afastar de cenários cuja importância relativa para a segurança nacional dos Estados Unidos diminuiu nas últimas décadas ou anos”.
A mudança sinaliza um redirecionamento da política externa norte-americana, que pretende priorizar temas considerados críticos, como o controle das fronteiras, o enfrentamento a organizações criminosas transnacionais e o fortalecimento de alianças com países latino-americanos.
Para o governo Trump, a pressão migratória e a atuação de cartéis passam a ser tratadas como desafios estratégicos, exigindo maior mobilização de recursos e presença operacional dos EUA na região.
A estratégia também menciona a intenção de revisar compromissos militares em outras partes do mundo, indicando provável redução de esforços em áreas onde Washington avalia que já não enfrenta ameaças significativas.
Segundo o plano, essa redistribuição permitirá que os Estados Unidos direcionem investimentos, inteligência e capacidades militares para áreas mais diretamente ligadas à sua segurança interna — com destaque para o Hemisfério Ocidental.
