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PF aponta indícios de que Temer e Loures cometeram crime de corrupção

Com base nas delações da JBS, presidente passou a ser investigado pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.

19/06/2017 - 20h16

G1

O presidente Michel Temer (PMDB-SP) (Foto: G1)

A Polícia Federal enviou nesta segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal relatório parcial do inquérito sobre o presidente Michel Temer. Além disso, a PF também pediu mais tempo para concluir as investigações.


Com base nas delações de executivos da JBS, Temer passou a ser investigado pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa.


No relatório entregue nesta segunda, a Polícia Federal aponta indícios de que Temer e o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) cometeram o crime de corrupção passiva.


Já com relação às investigações sobre a suspeita de obstrução de Justiça, a PF pediu mais cinco dias para concluir a apuração.


Para os investigadores, é melhor que essa parte do inquérito seja enviada ao STF quando a perícia técnica da gravação feita pelo empresário Joesley Batista de uma conversa com Temer for concluída.


A expectativa é de que a perícia no aparelho e no áudio entregue por Joesley ao Ministério Público seja concluída ainda nesta semana.


Depois que a PF concluir a investigação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, terá cinco dias para oferecer denúncia contra o presidente ou para pedir o arquivamento do inquérito.


Relembre o caso


Segundo Janot, Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram em conjunto para barrar as investigações da Operação Lava Jato.


Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, o presidente deu "anuência" ao repasse de dinheiro a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que o deputado cassado não feche acordo de delação premiada.


Desde que as delações se tornaram públicas, o presidente tem rebatido todas as acusações e dito que não atuou para beneficiar a JBS e nem teme delação premiada. Além disso, Temer processou Joesley Batista, dono da JBS, por calúnia, injúria e difamação.


Interrogatório


No mês passado, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, autorizou a Polícia Federal a interrogar Temer sobre os episódios narrados pelos delatores da JBS. Segundo Fachin, porém, o presidente não era obrigado a responder aos questionamentos.


A PF enviou, ao todo, 82 perguntas ao presidente, mas ele decidiu não responder e pediu o arquivamento do inquérito.


Segundo a defesa de Temer, as perguntas tinham como objetivo "comprometer" o presidente e demonstravam "falta de isenção e de imparcialidade por parte dos investigadores".

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