O ministro Napoleão Maia Filho, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), reviu seu voto e decidiu admitir a discussão sobre a possibilidade de um réu condenado ser candidato.
Ele tinha negado o debate afirmando que era evidente que a consulta, apresentada por um deputado do DEM, dizia respeito a Lula —o tribunal só pode, agora, discutir teses e não casos concretos de possíveis candidaturas que só serão oficializadas em agosto. Mas outros magistrados apelaram, e ele
mudou o entendimento.
Com a mudança, a questão será levada por Maia ao plenário do TSE só na terça (29). A aposta é que a afirmação de que um condenado não pode concorrer será aprovada por unanimidade, antecipando, na prática, o veredicto sobre a candidatura do petista.
Há uma articulação para que, logo depois, o MPF (Ministério Público Federal) peça uma tutela cautelar afirmando que o réu não poderia nem sequer pedir registro no TSE —como pretende fazer o PT no caso de Lula. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.