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Em meio a alta na taxa de rejeição popular, Lula cobra ministros

No primeiro encontro ministerial do ano, presidente disse que governo tem de cumprir promessas da campanha

18/03/2024 - 13h36

De Brasília 

Lula fala durante a reunião (Foto: Ricardo Struckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (18) que o governo "ainda tem muito para fazer" e cobrou os ministros do governo dele a entregar mais resultados. A declaração foi dada durante a primeira reunião ministerial ampla deste ano, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. Um dos objetivos do encontro é tentar reverter o quadro de rejeição da atual gestão e encontrar soluções para a alta dos alimentos.


"Todo mundo sabe também que ainda falta muito para a gente fazer. Por mais que a gente tenha recuperado o Farmácia Popular, o Mais Médicos, por mais que tenha feito clínica, a gente ainda tem muito para fazer. Em todas as áreas. E muito não é nada estranho, é tudo aquilo que nós nos comprometemos a fazer durante a disputa eleitoral que fizemos nesse país. Então, nós temos compromisso para fazer as coisas bem feitas e fazer no tempo certo", disse Lula.


"Isso tudo que nós fizemos é apenas o início, mas isso não basta. Vamos ter que fazer muito mais porque o Brasil estava totalmente abandonado. O governo anterior, como vocês sabem, nunca preocupou em governar esse país, nunca se preocupou com a economia, nunca se preocupou com política de inclusão social. Ele se preocupava em estimular o ódio entre as pessoas, estimular mentira nesse país e continua fazendo do mesmo jeito", acrescentou o presidente.


Como mostrou o R7, na reunião Lula vai cobrar resultados e pedir maior divulgação das ações positivas dos ministérios. O preço dos alimentos tem afetado a popularidade do presidente, e o objetivo da reunião é entender o que pode ser feito para melhorar a imagem do governo. As últimas pesquisas de opinião mostraram que a desaprovação ao trabalho de Lula tem crescido.


No mês passado, itens que tiveram alta no preço, como cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%), influenciaram a manutenção da inflação em patamares elevados. Os resultados levaram o Executivo a traçar planos de ação. Na última semana, o presidente fez duas reuniões para discutir o preço dos alimentos — em 11 e 14 de março.


Os alimentos devem continuar em pauta nesta semana, quando Lula planeja se reunir com representantes do agronegócio e fruticultores. O governo espera que o preço do arroz deva começar a cair a partir de abril e estuda mudanças no Plano Safra. Entre as ideias avaliadas, estão contratos de opções e estoque de determinados alimentos, como de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca.


Na última reunião ministerial do ano passado, Lula demonstrou expectativa de que os ministros aumentassem as agendas pelo Brasil em 2024, especialmente, em regiões do interior do país. Ele quer que este ano seja marcado pelas entregas dos compromissos feitos em 2023, sendo um dos puxadores o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que conta com obras de todas as áreas.


A reunião ministerial ocorre sob o contexto de rejeição ao governo do presidente, que chegou ao maior patamar da série histórica e alcançou 46%, segundo a pesquisa da Quaest/Genial divulgada no início deste mês. O último levantamento feito pelas consultorias, em dezembro do ano passado, mostrou que 43% da população reprovava o trabalho de Lula. A aprovação foi de 51%, menor percentual desde o início da gestão. (Com R7)

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