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Índio foi morto com bala de revólver calibre 22 na região de conflito, diz PC

Fazendeiros e comunidade indígena temem novos confrontos no sul de MS

30/08/2015 - 08h32

Da redação 

Campo Grande 

Índio foi morto quando tomava água (Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado)

O  índio Semião Fernandes Vilhalva, 24 anos, da etinia Guarani-Kaiowá,  foi morto com bala de revólver calibre 22 na região de conflito com fazendeiros, na cidade de Antonio João, confirma laudo da Polícia Civil. 


Vilhalva bebia água em córrego próximo da área quando foi atingido com um tiro na cabeça, conforme registro policial. 


De acordo com o boletim de ocorrência, Semião foi encontrado por outros indígenas, já morto, à margem do córrego onde havia ido beber água.


Peritos estiveram no local e encaminharam o corpo para o Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Porã, para exame necroscópico. A vítima foi baleada com revólver, de calibre 22, cuja arma não foi apreendida e a polícia investiga autoria do crime.


CONFRONTO


Grupo de aproximadamente 100 fazendeiros foram à cidade na manhã de ontem, prometendo que desocupariam “na marra”, propriedades rurais que estão invadidas desde a semana passada.

Há informações de que produtores estariam armados e vestidos com coletes balísticos, assim como indígenas estavam com arco e flecha e espingardas.


Equipes da Força Nacional, do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e PRF (Polícia Rodoviária Estadual) estiveram na região de confronto para tentar apaziguar a situação.


Há 10 anos, em 2005, o Governo Federal homologou parte das propriedades rurais da cidade como terra indígena. A partir daí, houve série de cobranças por parte dos índios para que a área fosse demarcada, no entanto, nada foi feito, conforme reportagem do Correio Online.


No final da semana passada, indígenas invadiram fazendas e fizeram famílias de produtores reféns. Na quarta-feira (26), o clima ficou ainda mais tenso e produtores rurais bloquearam estradas que dão acesso à cidade em forma de protesto. As rodovias foram liberadas durante a noite.


No dia seguinte, a situação era menos tensa na região, mas a invasão continuava e policiais do DOF fizeram a segurança para evitar confrontos entre indígenas e fazendeiros.


Amanhã(31), está previsto acontecer reunião entre representantes da Polícia Federal, Exército e forças de segurança estaduais para debater a questão.


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