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Caminhoneiros fecham estradas em 17 Estados e congestionam marginal

Categoria quer fim da carga tributária do óleo diesel

21/05/2018 - 20h12

São Paulo

Bombeiros extinguem as chamas no bloqueio feito por caminhoneiros na Régis (Foto: R7)

Caminhoneiros atearam fogo em pneus e bloquearam a rodovia Régis Bittencourt no Km 280, na altura de Embu das Artes, no fim da tarde desta segunda-feira (21). Por volta de 18h, uma equipe do Corpo de Bombeiros já trabalhava no local para extinguir as chamas e liberar a pista. A categoria protesta contra os encargos tributários sobre o óleo diesel.


Em São Paulo, por volta de 17h30 um grupo de caminhoneiros ocupavam a faixa da direita da pista central e pista local próximo a Ponte dos Remédios da Marginal Tiête no sentido Ayrton Senna. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por volta das 18h20 a pista foi liberada.


A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que os bloqueios de caminhoneiros são registradas em 17 Estados até as 16h30. As regiões com mais interdições eram o Sul e o Centro-Oeste. Os estados com maior número de bloqueios eram Paraná (19), Bahia (14), Minas Gerais (14) e Goiás (10).


Interdições no país


A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) também divulgou um balanço em que registrava manifestações nos mesmos 17 Estados, destacando ainda atos no entorno do Distrito Federal. Na contagem da associação, o estado com maior número de paralisações é Minas Gerais, com 15, seguido da Bahia (13), do Rio de Janeiro (11) e de Santa Catarina (10).


A entidade pede ainda que o governo zere a carga tributária que incide sobre o óleo diesel. Também cobra a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a receita decorrente da venda interna de óleo diesel ao transportador autônomo de cargas.


Associações que representam o setor produtivo, como a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso e Acebra (Associação das Empresas Cerealistas do Brasil), se mostraram preocupadas com o efeito da paralisação no escoamento da soja. 


A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) disse que ainda é cedo para traçar potenciais prejuízos, mas destacou estar monitorando os protestos.


No porto de Santos, caminhoneiros protestaram, mas a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) disse que o ato era pacífico, sem bloqueio à entrada de caminhões cujos motoristas queriam seguir. O protesto começou na madrugada desta segunda-feira, e não houve interrupção no acesso ao porto. 


O único incidente ocorreu em acesso no município de Guarujá (SP), onde uma carreta foi desatrelada e atrapalhou o fluxo da via urbana até a região portuária. A Codesp, no entanto, disse não saber se havia relação com o protesto.


No porto de Paranaguá, bloqueio na BR-277 impede a entrada das cargas, conforme a Appa (Administração do portos de Paranaguá e Antonina). Caminhoneiros interditam desde as 6h meia pista no km 6 da rodovia, no município de Paranaguá, segundo informações da PRF do Paraná. 


O pátio de triagem do porto tinha baixa ocupação de caminhões no início da tarde desta segunda-feira, com cerca de 900 vagas livres, das 1.200 disponíveis. 


Segundo a Appa, em torno de 1.400 caminhões de transporte de grãos estavam programados no sistema de agendamento do porto para chegar a Paranaguá até o início da tarde, e o número de veículos que estavam agendados e não deram entrada no porto foi de 1.067. 


A administração informou, contudo que os terminais graneleiros estão com sua capacidade máxima de armazenamento ocupada, e a paralisação ainda não tem efeito sobre o carregamento dos navios.

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