Além de toda idolatria forjada nos títulos da Libertadores e do Mundial de 1983, Renato Gaúcho está a dois passos de se tornar o primeiro brasileiro a conquistar a maior competição da América do Sul como jogador e técnico. Nos 57 anos de história da competição, somente sete profissionais já conquistaram a distinção. Aliás, esta será a segunda oportunidade para o comandante do Grêmio.
Em 2008, a chance de Renato bateu na trave. À época treinador do Fluminense, Portaluppi enfrentou a equatoriana LDU na final daquele ano. Perdeu por 4 a 2 no primeiro jogo, em Quito, mas venceu de virada por 3 a 1 no Maracanã e levou a decisão para os pênaltis. Porém, Conca, Thiago Neves e Washington, destaques daquele time, erraram suas cobranças, e o Flu ficou com o vice.
A nova oportunidade para Renato pode torná-lo o oitavo campeão da Libertadores no campo e fora dele. Apenas argentinos e uruguaios conseguiram o feito. O último deles foi o atual técnico do River Plate, Marcelo Gallardo. Pelo mesmo clube, levantou o troféu em 1996 como meia e em 2015, já na casamata. A equipe, aliás, só não chegou mais uma vez à final porque sofreu a virada histórica para o Lanús, por 4 a 2, em La Fortaleza, palco da grande decisão neste ano, na próxima quarta.
O primeiro sul-americano a atingir o feito foi o argentino Humberto Maschio. Em 1967, conquistou a Libertadores como atacante do Racing. Como treinador, tornou-se campeão já em 1973, pelo rival Independiente. Também pelo time vermelho de Avellaneda, Roberto Ferreiro se somou a Maschio. Campeão como zagueiro do Independiente em 1964 e 1965, faturou o tri para o clube como técnico em 1974.