O dólar comercial disparou nesta quintafeira (18) e fechou em alta de 8,15%, cotado a R$ 3,389 na venda, em um dia de pânico no mercado brasileiro e com forte intervenção do Banco Central.
Na véspera, o dólar havia subido 1,23%.
O mercado reagiu após o jornal "O Globo" publicar, na véspera, delação de Joesley Batista, um dos sócios da JBS, que envolve diretamente o presidente Michel Temer. Para especialistas, o governo foi fortemente abalado, assim como a continuidade das reformas, consideradas essenciais para a economia. Em pronunciamento nesta tarde, Temer disse que não irá renunciar.
Diante das acusações, o mercado de dólar, que normalmente abre às 9h, só registrou operações às 10h40, com investidores esperando para negociar a moeda.
Atuação do BC
Na tentativa de conter o avanço do dólar, o Banco Central intensificou a intervenção no mercado e fez quatro leilões de swap cambial (operação equivalente à venda futura de dólares) nesta sessão. Normalmente, o BC faz um leilão por dia.
No primeiro leilão, o BC ofertou 40 mil contratos de swap. Em seguida, ofertou 15.325 swaps que "sobraram" da primeira operação. O terceiro leilão de swap disponibilizou mais 40 mil contratos. Logo depois, o BC anunciou um quarto leilão, com oferta de 10.750 contratos.
Já o Tesouro suspendeu o leilão de venda de títulos públicos LTN (Letra do Tesouro Nacional) e LFT (Letra Financeira do Tesouro) programado para esta sessão.
Com Reuters