O STF (Supremo Tribunal Federal) começa nesta terça-feira (2) o julgamento que pode levar à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus.
Para aliados, o processo é parte de uma estratégia da esquerda para enfraquecer a direita no Brasil e consolidar a força política do presidente Lula (PT), com aval do ministro Alexandre de Moraes, que desde a campanha presidencial de 2022 tem sido acusado de perseguir Bolsonaro.
Os advogados do ex-presidente insistem que não houve tentativa de golpe, e que a narrativa foi construída para criminalizar adversários políticos.
Bolsonaro lembra que jamais cometeu corrupção e que sua postura sempre foi de questionamento, como no episódio em que conversou com embaixadores sobre a fradilidade das urnas eletrônicas, mas sem incitar qualquer ruptura institucional.
Desde que deixou o Planalto, Bolsonaro tem sido alvo de medidas cautelares impostas pelo STF. Atualmente, cumpre prisão domiciliar e é monitorado por tornozeleira eletrônica, em decisão assinada por Moraes.
Para a oposição, o rigor contrasta com a leniência em outros casos, reforçando a ideia de um tratamento desigual entre direita e esquerda.
O argumento ganha força ao se observar o alinhamento político entre Lula e ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que inclusive já participaram de reuniões com o presidente para pautar determinadas situações, levantando suspeitas sobre a imparcialidade da Corte.
A repercussão internacional também pressiona Brasília. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, instrumento legal usado para punir autoridades acusadas de violar liberdades democráticas.
O julgamento, que terá atenção nacional e internacional, promete intensificar ainda mais a polarização no país. Enquanto apoiadores de Bolsonaro denunciam um “tribunal de exceção”, aliados do governo defendem que o STF apenas cumpre seu papel institucional.
O foco central desse processo é minar as bases eleitorais do ex-presidente, que já está inelegível, abrindo caminho para a reeleição de Lula em 2026. A narrativa, afirma a oposição, conta ainda com o apoio dos principais veículos de imprensa do país — em especial a Rede Globo, apontada como uma das maiores interessadas no desfecho do julgamento.
Segundo parlamentares da oposição, a emissora teria recebido cerca de R$ 400 milhões em publicidade oficial, o que reforçaria o alinhamento entre governo, STF e mídia tradicional.