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Política

Réu no STF, Bolsonaro nega tentativa golpe e diz que denúncias são ‘infundadas’

Ex-presidente criticou condução que apura tentativa de golpe de estado; político acompanhou julgamento em gabinete de Flávio

Conjuntura Online
26/03/25 às 16h47
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Bolsonaro acompanhou o segundo dia do julgamento do lado de fora do STF (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro, agora réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de estado, afirmou ser inocente na denúncia apresentada contra ele na Corte e disse que as acusações são “infundadas”, informa o R7.

Bolsonaro citou falas que fez enquanto ainda era presidente, e afirmou não ter negociado uma tentativa de golpe de Estado ou mesmo ter sido procurado para uma atuação contra o resultado eleitoral.

“Em nenhum momento fui procurado para fazer nada de errado, violentando seja o que for”, afirmou, repetindo o que disse em uma live, em dezembro de 2022. Ele negou a articulação de um golpe com os comandantes dos Três Poderes e defendeu: “discutir hipóteses de dispositivos constitucionais não é crime”.

A posição foi confirmada nesta quarta-feira (26), após a Primeira Turma do STF decidir, por unanimidade, tornar réus Bolsonaro e outros setes denunciados. Diferente do primeiro dia, em que esteve no Supremo, o político acompanhou a análise dos magistrados no gabinete do filho e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).


Ao lado de aliados políticos, Bolsonaro criticou os sigilos impostos pelo ministro Alexandre de Moraes, voltando a citar a delação do tenente-coronel Mauro Cid. A defesa do ex-presidente pediu a anulação da validade dos relatos feitos pelo militar, que atuou como ajudante de ordens da Presidência durante o governo Bolsonaro. No entanto, o pedido foi negado. A forma de condução de Moraes, relator do processo, também foi questionada: “O que ele quer esconder?”.

Durante as declarações, o ex-presidente voltou a defender o voto impresso como um “direito”. “Tem que ser feito”, completou.
Ao falar sobre os crimes pelos quais responde, Bolsonaro citou a acusação de destruição de patrimônio e ironizou: “só se for por telepatia”. A defesa é de que ele não poderia ser considerado responsável pela tentativa de golpe, uma vez que não estava no Brasil em 8 de janeiro de 2023, dia dos atos de vandalismo ocorridos na Praça dos Três Poderes.

Bolsonaro réu

O grupo de ministros concluiu análise e aceitou, por unanimidade, a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) para abrir uma ação contra o ex-presidente e outros sete denunciados. O caso faz parte da tentativa de golpe de Estado.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou para aceitar a denúncia. Os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin acompanharam Moraes, em votos que colocam o ex-presidente como réu.

Além de Bolsonaro, também se tornaram réus o ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro e ex-candidato a vice nas últimas eleições, Walter Braga Netto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno.

A denúncia ainda contempla o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

O grupo compõe o núcleo 1 da organização criminosa e é considerado o mais importante, tendo sido acusado pelos seguintes crimes:

liderança de organização criminosa armada;
tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
golpe de Estado;
dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união;
deterioração de patrimônio tombado.

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