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Política

Disputa pela Mesa da Câmara e do Senado inclui escolha de presidentes e relatores

As funções são negociadas por partidos com as maiores bancadas 

Conjuntura Online
27/01/25 às 07h57
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A eleição dos presidentes da Câmara e do Senado está marcada para 1º de fevereiro (Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)

A escolha dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal está relacionada à divisão e os acordos dos demais cargos das Mesas Diretoras de ambas as Casas.

O jogo político também envolve a indicação de presidentes para comissões e relatores de pautas de destaque.

A eleição dos sucessores do deputado Arthur Lira (PP-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está marcada para 1º de fevereiro. No entanto, a negociação sobre os cargos na disputa ocorre desde o ano passado dos cotados para as posições).

Na Câmara, o favorito para o comando da Casa é Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o apoio do atual presidente e de quase todos os partidos, exceto o Novo e o PSOL — que vai lançar o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) à presidência.

Já no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) é o maior cotado e tem o apoio de Rodrigo Pacheco e de oito partidos — exceto PSDB e Novo.

Com frentes amplas para os dois principais candidatos nas duas Casas, os partidos buscam garantir representatividade. Oposição, base aliada do governo e siglas de centro articulam para garantir funções estratégicas.

Esse é o caso do PL, por exemplo, que na última eleição à presidência do Senado lançou Rogério Marinho (RN), que saiu derrotado, e ficou sem cargos na Mesa Diretora nos últimos dois anos, mesmo tendo a segunda maior bancada da Casa. Neste ano, a sigla garantiu apoio a Alcolumbre e deve ocupar a 1ª vice-presidência.

Regimentalmente, a escolha dos ocupantes de cada cadeira da Mesa Diretora é feita de acordo com a proporcionalidade, dando preferência às maiores bancadas — a regra também é válida para a indicação dos presidentes das comissões.

Apesar disso, a escolha também é influenciada pelo apoio dos partidos aos candidatos à presidência das Casas. Saiba como estão as negociações:

Câmara

Além da presidência, a Mesa Diretora da Câmara é composta pelos seguintes cargos com atribuições específicas:

1ª vice-presidência: analisa pedidos de informação a outros órgãos do Poder Público e substituição do presidente em sessões. O cargo deve ser ocupado pelo deputado Altineu Côrtes (PL-RJ).
2ª vice-presidência: analisa solicitações de reembolso de despesas médico-hospitalares dos deputados e o fomento da interação com o Legislativo dos estados, municípios e do DF;
1ª secretaria: responsável por serviços administrativos da Casa. O deputado Carlos Veras (PT-PE) é um dos cotados para a função.
2ª secretaria: cuida das relações da Casa com embaixadas, emissão de passaportes para os deputados, estágio universitário e supervisão de campanhas da Câmara em perfis institucionais.
3ª secretaria: analisa pedidos de licença, justificativas de falta dos parlamentares e a autorização prévia de reembolso de passagens aéreas internacionais.
4ª secretaria: responsável pela supervisão do sistema habitacional da Câmara.
Suplentes: são divididos em primeiro, segundo, terceiro e quarto suplentes e substituem os respectivos secretários quando esses estão ausentes.

Os cargos da 2ª, 3ª e 4ª secretarias seguem em negociação e são cobiçados pelo PSD e pelo MDB. Pelo tamanha da bancada, o União Brasil, com 59 deputados, pleiteia a 2ª vice-presidência, apesar de o posto estar na mira do PP.

Para selar o apoio do União Brasil a Motta, a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também entrou nas negociações, mas ainda não foi batido o martelo de quem cuidará do colegiado. Na mesma linha, o PSD negocia ter a relatoria do Orçamento de 2026 como uma das condições para apoiar o deputado.

Senado

Além da presidência, a Mesa Diretora do Senado é composta pelos seguintes cargos com atribuições específicas:

1º e 2º vice-presidentes: substituem, nessa ordem, o presidente em situações de ausência ou impedimento. Os cargos devem ser ocupados, respectivamente, pelos senadores Eduardo Gomes (PL-TO) e Humberto Costa (PT-PE).
1º secretária: responsável pela listagem dos resultados de votações; pela leitura de correspondências oficiais e documentos relativos às sessões; e por supervisionar as atividades administrativas da Casa.
2º secretária: lavra as atas das sessões secretas, as lê e assina depois do 1º secretário.
3º e 4º secretárias: fazem as chamadas dos senadores, contam votos e auxiliam o presidente na apuração das eleições. O mais cotado para assumir a 4ª secretaria é o senador Dr. Hiran (PP-RR).

Suplentes: quatro senadores substituem os secretários em casos de ausência ou impedimento. (Com CNN)

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