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Política

Com críticas a Moraes e pedido de anistia a manifestantes presos, Bolsonaro reúne 18,5 mil no Rio

O ex-presidente reuniu um público de 18,5 mil pessoas em Copacabana, segundo a Polícia Militar.

Conjuntura Online
17/03/25 às 07h54
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Bolsonaro durante discurso no Rio (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e diversas autoridades, incluindo governadores, deputados federais e senadores, se reuniram, no domingo (16), em Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia para envolvidos no 8 de Janeiro.

Com críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e pedido de anistia a manifestantes presos, Bolsonaro reuniu um público de 18,5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar.

Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que trata do tema está sendo debatido desde o ano passado.

A manifestação também aconteceu em meio à expectativa pelo julgamento da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que irá deliberar nos dias 25 e 26 de março se acata ou não a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado tramada após as eleições de 2022.

O ex-presidente usou um colete à prova de balas ao participar do ato na orla de Copacabana.

Bolsonaro disse que “jamais poderia imaginar” que o país teria “refugiados brasileiros mundo afora”.

A fala do político fez referência a apoiadores que pediram refúgio em outros países, como Argentina, pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Bolsonaro ainda disse que os presos pelos atos de 8 de janeiro “são inocentes e não cometeram nenhum ato de maldade”.

O ex-mandatário sugeriu que o objetivo das autoridades é condená-lo.

“O que eles querem? É uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu estivesse ao lado deles”, afirmou.
Ainda durante manifestação, ele citou que a acusação por tentativa de golpe foi uma “historinha inventada”.

“Quando eles querem me tirar por uma condenação, já que a inelegibilidade está ameaçada para eles, inventam uma historinha de golpe. Que golpe é esse que eu tenho que provar que não dei? Tem que ser o contrário, eles têm que provar que eu tentei”, destacou.

Veja os discursos de apoiadores

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados, afirmou que entrará com pedido pela urgência do projeto de lei que propõe anistiar os envolvidos pelos atos do 8 de Janeiro.

“Estou assumindo aqui o compromisso com todos vocês de que nesta semana, quinta-feira [20], na reunião do colégio de líderes, nós vamos dar entrada com a minha assinatura e dos 92 deputados do PL e de vários outros partidos que eles vão ficar surpresos, para que nós possamos pedir a urgência do PL da Anistia para entrar na pauta na semana que vem”, afirmou.

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto de lei da Anistia, declarou que “a anistia está mais viva que nunca e vamos aprovar”.

“A anistia está mais viva do que nunca e nós iremos aprovar a anistia aqui no Brasil”, declarou Valadares. “A gente vê artistas falarem ‘sem anistia’, que foram beneficiados por anistia no passado, mas diferente dessa, eles foram beneficiados por terem matado, sequestrado banco, cometido assalto, por fazerem guerrilha. E a gente está tratando aqui de anistia de pessoas inocentes.”

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por uma declaração sobre mulheres petistas serem “feias”.

“Nós temos um Ministério Público Federal que, ao invés de estar combatendo o crime organizado, corrupção, lavagem de dinheiro, está preocupado porque o Bolsonaro falou que toda mulher petista é feia. Agora é obrigado a achar petista bonita? Como diz o pastor Silas Malafaia, vai ver se eu tô lá na esquina”, declarou.

Na semana passada, o ex-presidente teve um vídeo divulgado nas redes sociais onde fala sobre mulheres de esquerda.

“Você pode ver, não tem mulher bonita petista. Só tem feia. Às vezes, acontece quando estou no aeroporto, alguém me xinga. Mulher, né? Olho para ela: ‘Nossa, mãe. Incomível’”, disse.

O vídeo foi publicado pelo filho dele, o vereador por Balneário Camboriú (SC), Jair Renan, mas foi gravado durante o feriado de Carnaval, na casa da família, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou ter “fé” que o ex-presidente Jair Bolsonaro será candidato ao Palácio do Planalto nas eleições de 2026.

“Tenho fé. Tenho fé, sim, que Bolsonaro será candidato a presidente da República. Com esse governo, o combustível ficou caro. Então, volta, Bolsonaro. A carne ficou cara. Então, volta, Bolsonaro. A energia ficou cara. Então, volta, Bolsonaro”, afirmou Valdemar ao lado do ex-presidente.

Em junho de 2023, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, ou seja, até 2030. 
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também fez um apelo pela aprovação do projeto de lei da Anistia.

Em discurso no ato, na capital fluminense, Castro chegou a puxar um coro de “anistia já”.

“Esse povo veio de graça [para o ato] para pedir anistia já. O Rio de Janeiro clama ao Brasil: anistia já”, declarou. 
Durante entrevista à imprensa, o governador defendeu a votação do projeto de lei que trata do tema e afirmou que a medida era essencial para o processo democrático.

“Votar esse projeto é uma questão de democracia. Todo partido tem o direito de ter seu projeto votado. O deputado Hugo Motta demonstra que fará um bom mandato. Há pessoas presas injustamente, e a situação passou do ponto. Cada vez mais partidos estão pedindo a votação desse projeto”, declarou.

Castro também ressaltou a necessidade de pacificação e argumentou que o debate sobre a anistia deveria ser técnico e não político. (Com CNN)

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