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Política

Após corte de cargos, Motta volta a barganhar espaços do Centrão 

Presidente da Câmara tenta recompor base aliada após derrota do Planalto no Congresso

Conjuntura Online
16/10/25 às 09h47
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O presidente da Câmara, Hugo Motta, tenta nova barganha com o governo. (Foto: Reprodução)

Depois da série de demissões e ajustes promovidos pelo Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), voltou a atuar como interlocutor direto entre o governo Lula (PT) e o Centrão.

Motta tem buscado renegociar os espaços de poder do bloco no Executivo, aproveitando o momento de fragilidade política da base após a saída de ministros e o recente revés sofrido pelo governo no plenário.

Segundo apuração, o deputado passou a chamar líderes partidários para conversas reservadas e avaliar o tamanho real do apoio de cada sigla ao Planalto.

O movimento ocorre em meio ao processo de “reorganização” da base aliada, conduzido pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que se reuniu com Motta no início da semana para discutir o novo desenho político.

Na prática, o presidente da Câmara tenta reconstruir pontes e redimensionar o mapa de cargos distribuídos a partidos do Centrão — blocos que, nos últimos meses, endureceram a relação com o Planalto e já impuseram derrotas significativas ao governo em votações estratégicas, como a medida provisória que tentava conter o impacto da alta do IOF.

Fontes em Brasília afirmam que Motta assumiu o papel de “negociador informal”, com aval direto de Gleisi, e deve coordenar novas indicações políticas nas estatais e autarquias.

A estratégia repete o modelo adotado por ex-presidentes da Câmara que controlavam a base aliada em troca de influência na máquina pública.

O movimento marca uma reaproximação calculada entre Lula e o Centrão, num momento em que o governo tenta estancar o esvaziamento de apoio no Congresso.

A reorganização da base, segundo aliados, será feita “com responsabilidade”, mas sob uma nova regra: quem quiser espaço no governo terá de entregar votos fiéis ao Planalto.

Nos bastidores, o gesto de Motta é visto como um teste de força política: o deputado se posiciona como mediador central na reconstrução do pacto entre o Planalto e o bloco mais poderoso do Legislativo — e reforça que, em Brasília, nenhum espaço de poder fica vazio por muito tempo. (Com agências nacionais)

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