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Pequeno produtor de Corumbá ganha Prêmio Brasil Artesanal de Mel da CNA

O programa integra o calendário de cursos de capacitação e apoio técnico ao produtor rural e comunidade urbana de Corumbá 

13/09/2024 - 11h48

Corumbá (MS)

Por Silvio de Andrade 

Entrega d prêmio (Foto: Divulgação)

A parceria do Sindicato Rural de Corumbá com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, com apoio de outras instituições, como a prefeitura local, resultou em uma conquista inédita da agricultura familiar em Mato Grosso do Sul: o pequeno produtor Valdinei da Conceição, do Assentamento Taquaral, foi o vencedor do Prêmio Brasil Artesanal de Mel realizado pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura), na categoria mel escuro.


Filho de brasiguaios (trabalhadores rurais brasileiros que viviam no Paraguai), Valdinei é um dos produtores assistidos pelo programa de assistência técnica gerencial oferecido pelo Senar, na área do agroindústria. O programa integra o calendário de cursos de capacitação e apoio técnico para o produtor rural e comunidade urbana coordenado pelo Sindicato Rural de Corumbá e secretaria executiva de Produção Rural do município. 


“Tivemos grandes parceiros na nossa trajetória até chegar a este momento ímpar em nossa vida, com essa premiação, e somos agradecidos a todos que nos apoiam”, disse Valdinei, 42 anos, filho de sem-terra e hoje dono do Sitio Nova Alvorada. “Com a formação técnica saímos da informalidade, aprendemos muito com a presença do Senar e reestruturamos a nossa associação e a cadeia do mel em nosso assentamento, hoje uma realidade”, destacou ele.


Divisor de águas


Os pais do apicultor, oriundos de Minas Gerais e Paraná, fizeram parte do grupo de brasiguaios que veio ocupar as terras do Assentamento Taquaral, no final da década de 1980. Valdinei nasceu no Paraguai e foi registrado do lado brasileiro da fronteira, em Mato Grosso do Sul. Amante da terra e percebendo o potencial do Pantanal na produção do mel, ele buscou diversificar a pequena produção agrícola familiar retirando o sustento da própria natureza.


Com o apoio também da Comissão Pastoral da Terra, que despertou o interesse dos assentados pela apicultura, Valdinei conta que o divisor de águas começou com a criação de um grupo jovem engajado em iniciar a produção, a organização dos produtores com a fundação de uma associação e a construção do entreposto projetado pela Universidade Federal da Grande Dourados. Na sequência, a prefeitura concedeu o Sim (selo de inspeção) para comercialização.


“Com o circuito de formação técnica, avançamos muito no processo de produção de um mel de qualidade com manejo adequado e produtividade”, afirma Valdinei, o maior produtor do assentamento. Hoje ele produz uma média de 2,5 mil quilos de mel e comercializa nos principais mercados da cidade com a marca Mel Pantaneiro. Aguardando uma excelente florada para setembro/outubro, ele se prepara para fornecer o produto ao Exército. 

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