A sustentabilidade está presente em todos os eixos, mas há uma palavra-chave que precisa ser destacada: informação. É ela que inicia a transformação, promove mudanças de comportamento e impulsiona ações com impacto real.
Com essa proposta, o Fórum MS Sustentabilidade acontece nesta terça e quarta-feira (2 e 3 de setembro), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande, reunindo diversos setores para debater soluções sustentáveis para o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental de Mato Grosso do Sul.
O evento promove a integração entre governo, empresas, universidades, startups, terceiro setor e sociedade civil para disseminar boas práticas, apresentar resultados de iniciativas já em andamento e incentivar novas soluções colaborativas. A programação inclui painéis temáticos, estudos de caso, talks inspiradores, homenagens, apresentações culturais e premiações.
Com uma gestão municipal comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, Campo Grande tem se destacado nacionalmente com ações concretas. Entre os exemplos estão o investimento em educação ambiental, entrega de mudas à população e a valorização de espaços verdes.
“Campo Grande é, pela sexta vez consecutiva, reconhecida pela ONU como a capital mais arborizada do Brasil. Hoje, 91% das residências têm uma árvore plantada em frente, o que reforça nosso compromisso com a sustentabilidade urbana. No Dia da Árvore, vamos entregar mais de 15 mil mudas à população. Acreditamos que, por meio da educação ambiental, conseguimos transformar vidas e gerar uma nova cultura”, destaca Adir Diniz, coordenadora do FAC (Fundo de Apoio à Comunidade). Durante o evento, o FAC apresenta mostra de produtos confeccionados a partir da reutilização incentivando a economia circular.
Campo Grande é uma cidade inteligente que pratica a sustentabilidade. Por isso, o Fórum é fundamental para a compreensão de que a sustentabilidade deve estar integrada a esse conceito.
Para Ana Franzoloso, idealizadora da startup Du Bem – Negócio Sustentável e uma das organizadoras do evento, a informação é o ponto de partida para mudanças reais. “Precisamos unir todas essas pautas, porque o planeta depende da ação coletiva. E isso só será possível se houver informação — é essencial que as pessoas sejam conscientizadas dessa necessidade. Por isso, o fórum começa com informação, com conhecimento, com muitas palestras e conexões. Tudo isso para reforçar que cidades inteligentes são, necessariamente, sustentáveis”, explica.
Esse processo começa em casa, com atitudes simples, como o descarte correto de resíduos. Para que uma cidade se torne inteligente, é indispensável que o cidadão entenda o impacto de suas ações e seja informado sobre o papel que desempenha no coletivo.
Para o secretário-executivo Artur Henrique Leite Falcette, que representou o Governo do Estado, o evento valoriza a transversalidade das pautas ambientais, integrando diferentes frentes em uma construção coletiva. “Estamos tratando de temáticas que são relevantes, transversais e fundamentais para o desenvolvimento sustentável. Aqui estão reunidos a iniciativa privada, as organizações da sociedade civil e o poder público, com representantes de diversas áreas. É dessa forma que a sustentabilidade deve ser discutida — com pluralidade e cooperação. Mais do que a programação em si, esse espaço permite o intercâmbio de experiências, o aprendizado mútuo e, quem sabe, a incorporação de novas parcerias e instituições ao nosso trabalho.”
A educação ambiental desde a infância também tem papel central na construção de uma sociedade mais consciente. Para a primeira-dama Mônica Riedel, investir na formação das crianças é garantir adultos mais preparados para enfrentar os desafios do futuro. “A educação é o caminho inicial para a transformação. Quando uma criança aprende sobre sustentabilidade, ela leva esse conhecimento para casa, influencia os pais e cresce com consciência. É assim que formamos adultos comprometidos com o futuro do planeta.”
Durante o fórum, serão abordados diversos temas, divididos em eixos: Meio Ambiente, Agro, Negócios, Turismo Sustentável, Moda Sustentável, Economia Criativa e Circular, Saúde, Educação, Movimento ODS e Cultura. Também há exposição de produtos, feira com roupas, calçados e acessórios de brechó e moda sustentável.