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Rapper Oruam tem prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio

O cantor hostilizou policiais que abordaram suspeito na casa dele

Conjuntura Online
22/07/25 às 16h31
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Rapper Oruam (Foto: Oruam/Instagram)

O Plantão Judiciário do TJRJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) autorizou, nesta terça-feira (22), a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, mais conhecido como Oruam, pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal.

Os crimes teriam sido cometidos na noite de segunda-feira (21), na porta da casa de Oruam, no Joá, bairro nobre da zona oeste do Rio de Janeiro.

O rapper e um grupo de amigos impediram agentes da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) da Polícia Civil de cumprir um mandado de apreensão contra um adolescente apontado como um dos maiores ladrões de carros do estado e segurança pessoal do traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefe da quadrilha CV (Comando Vermelho) no Conjunto de Favelas da Penha, zona norte do Rio.

Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes históricos do CV, que está preso.

A diligência de busca e apreensão do adolescente foi expedida pela Vara da Infância e Juventude do TJRJ. Os agentes estavam em uma viatura descaracterizada e monitoravam o suspeito, que foi abordado ao deixar a casa de Oruam.

Hostilidade e pedras

Segundo policiais, Oruam e mais oito pessoas hostilizaram os policiais com xingamentos e jogaram pedras na viatura descaracterizada. Nas redes sociais, o rapper publicou vídeos com os xingamentos e pedras sendo arremessadas.

A polícia diz que um dos homens que participaram da confusão correu para dentro da casa de Oruam, “o que obrigou a equipe a entrar para capturá-lo”. Ele foi autuado em flagrante por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano e associação para o tráfico.

Oruam e os amigos fugiram do local, segundo a polícia. Nas redes sociais, o rapper escreveu que os agentes estavam tentando prendê-lo também e levantou dúvidas sobre a legalidade da ação. Ele também indicou que seguiu para o Complexo da Penha e desafiou autoridades. “Quero ver vocês virem aqui, me pegar dentro do Complexo”, disse.  

A prisão preventiva é decretada quando uma pessoa ainda não é considerada culpada e não tem tempo determinado, devendo ser reavaliada a cada 90 dias pela Justiça.

“Analisando os autos, verifico que, no presente momento, mais adequado se faz a decretação da prisão preventiva (e não da prisão temporária), conforme sugerido pelo Ministério Público, conforme passo a expor”, registra a decisão.

Ainda segundo o documento, a prisão preventiva encontra respaldo do Código de Processo Penal e se faz pertinente “para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado”. O processo é o 0073732-35.2025.8.19.0001.

A Agência Brasil busca contato com a defesa do rapper e está aberta para posicionamento.

Prisão em fevereiro

No fim de fevereiro deste ano, o rapper chegou a ser preso pela Polícia Civil no mesmo endereço da confusão desta segunda-feira. Na ocasião, os agentes foram cumprir mandados de prisão e de apreensão contra um envolvido com disparo de arma de fogo em um condomínio em Igaratá, no estado de São Paulo, em dezembro de 2024.

Os policiais, também da DRE, encontraram na casa de Oruam um homem que possuía um mandado de prisão pendente pelo crime de organização criminosa. O rapper foi preso em flagrante sob suspeita de crime de favorecimento, mas acabou sendo solto no mesmo dia.

Depois de ser libertado, Oruam disse que não sabia que havia um mandado de prisão contra o homem preso na casa dele. (Com ABr)

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