Aos 60 anos, o ex-procurador de Justiça Carlos Alberto Zeolla morreu no domingo (23), em Campo Grande, vítima de um infarto. Sua trajetória foi marcada por um histórico criminal que inclui a condenação pelo assassinato do próprio sobrinho, em 2009, além de ter sido indiciado por estupro e exploração sexual de uma criança.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Zeolla atuou como Defensor Público em Sidrolândia até 1990, quando ingressou no MPMS como Promotor de Justiça Substituto. Desempenhou suas atividades nas comarcas de Brasilândia, Aparecida do Taboado, Naviraí e Dourados.
Em Campo Grande, atuou em diversas Promotorias de Justiça (2ª, 14ª e 21ª) e acumulou cargos de destaque, como Supervisor das Promotorias de Justiça Criminais. Também foi Promotor de Justiça Eleitoral e integrou o Conselho Superior do MPMS.
Em 2009 o procurador ficou conhecido após ser condenado por matar o próprio sobrinho, de 17 anos, com um tiro na nuca. Na época, a polícia contou ao g1 que o motivo do crime apontado por familiares poderia ter sido a agressão praticada pela vítima contra o avô, pai do procurador, um dia antes.
Sete anos depois, em julho de 2016, o procurador foi indiciado por estupro de vulnerável, exploração sexual de criança e por fornecer bebida alcoólica a menor de idade. O depoimento durou cerca de 40 minutos e o suspeito não quis comentar a investigação da Polícia Civil.
Conforme o delegado responsável, Carlos era suspeito de estuprar um menino de 13 anos e explorar sexualmente duas crianças, uma de 10 e outra de 11 anos, em 2015. (Com G1)