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Polícia vai apurar fraude processual por remoção de corpos, diz secretário

Mais de 70 corpos foram retirados de mata nesta manhã e levados para uma praça na Penha

Conjuntura Online
29/10/25 às 17h05
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Foto mostra corpos colocados em praça no Complexo da Penha (Foto: Pablo Porciuncula/AFP e AP Photo/Silvia Izquierdo)

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (29) que vai investigar por fraude processual quem participou da remoção dos corpos na área de mata no Complexo da Penha.

Mais de 70 corpos foram retirados por moradores nesta manhã e levados para uma praça do bairro.

Na terça (28), durante megaoperação contra o Comando Vermelho, outros 58 corpos foram retirados pela polícia, segundo Curi.

O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, disse que as autoridades não sabiam da presença dos corpos na mata e, por isso, não houve como auxiliar na retirada dos corpos que foram achados pelos moradores.

“Naquela ocasião, é impossível fazer algo que não seja preservar sua vida. A polícia não tinha sequer ciência da existência deles”, afirmou Santos.

Curi citou também a retirada das roupas camufladas usadas por bandidos, que tiveram os corpos expostos na rua só de cueca.

"Vale lembrar, para desmistificar certas narrativas, que parece ter ocorrido uma espécie de 'milagre' com os corpos que estão aparecendo hoje. Esses indivíduos estavam na mata, equipados com roupas camufladas, coletes e armamentos. Agora, muitos deles surgem apenas de cueca ou short, sem qualquer equipamento — como se tivessem atravessado um portal e trocado de roupa. Temos imagens que mostram pessoas retirando esses criminosos da mata e os colocando em vias públicas, despindo-os. A 22ª Delegacia de Polícia instaurou um inquérito para investigar possível fraude processual."

O secretário também atualizou o número de mortos e de apreensões.

58 mortes confirmadas na terça, mais 63 nesta quarta: total de 121 mortos, incluindo os 4 policiais. Os outros 117 eram suspeitos de envolvimento com o tráfico;
113 presos, sendo 33 de outros estados;
10 menores infratores;
91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver;
toneladas de drogas, ainda não contabilizadas.

O governador Cláudio Castro disse considerar que a ação foi um "sucesso" e que só os quatro policiais mortos são "vítimas". Mais cedo, o governador não comentou os corpos encontrados pelos moradores na mata.

O secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou a estratégia das forças de segurança durante a megaoperação. Segundo ele, foi criado o que chamou de “Muro do Bope”: policiais avançaram pela área da Serra da Misericórdia para cercar os criminosos e empurrá-los em direção à mata, onde outras equipes do Batalhão de Operações Especiais já estavam posicionadas.

A explicação foi dada durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (29), quando a cúpula da Segurança Pública do Rio detalhou os resultados da ação.

O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, classificou o “dano colateral” como “muito pequeno”, afirmando que apenas quatro pessoas inocentes morreram durante a ação. A ação contou 2,5 mil policiais civis e militares e é considerada pela cúpula da segurança como de alto risco. (Com g1 - Rio)

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