A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), uma operação contra uma organização criminosa acusada de criar sites falsos de inscrição para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2024.
Segundo apurou a TV Globo, ao menos 35.295 vítimas caíram no golpe e perderam, cada uma, cerca de R$ 85 com a "falsa inscrição" enviada aos golpistas. O prejuízo estimado é de pelo menos R$ 3 milhões.
Segundo as investigações, estelionatários montaram portais similares ao do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e os divulgaram via anúncios patrocinados nas redes sociais para atrair estudantes.
Os agentes cumprem dois mandados de busca e apreensão em Praia Grande (SP). A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados. Um dos alvos tem pelo menos 15 anotações criminais por estelionato.
Como funcionava o golpe?
As vítimas acreditavam que estavam fazendo a inscrição para o Enem nos sites falsos e transferiram aos golpistas o valor da inscrição via PIX.
Esses valores, segundo a investigação, caíram na conta de uma empresa privada. A PF disse que a maior parte das vítimas perdeu o exame no ano passado.
“A investigação aponta que os recursos foram recebidos por meio de uma fintech, em conta corrente de titularidade da empresa envolvida, sobre a qual há diversas reclamações na internet por práticas semelhantes de cobrança indevida sem entrega de serviços ou produtos”, informou a PF em nota.
A Polícia Federal orientou os candidatos a sempre se certificarem de que acessaram o site oficial do Enem no momento de fazer inscrição. Já o pagamento deve necessariamente ser destinado ao Inep, o que também pode ser conferido no momento da transferência. (Com TV Globo/Brasília)