A Justiça autorizou que o estudante de medicina acusado de provocar o atropelamento fatal da corredora Danielle de Oliveira aguarde o andamento do processo fora da prisão.
A decisão é do juiz Alexandre Branco Pucci, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, e foi proferida nesta semana, pouco mais de um mês após o acidente ocorrido em 15 de fevereiro deste ano.
A decisão, proferida nesta quinta-feira (20), impõe ao estudante João Vitor Fonseca Vilela algumas condições para permanecer em liberdade, segundo informa o G1.
Ele deverá se apresentar à Justiça sempre que for intimado, não poderá mudar de endereço sem autorização prévia e está proibido de se ausentar de sua residência por mais de oito dias sem comunicação formal ao Judiciário.
Entre as medidas impostas, estão a suspensão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) do estudante e a proibição de conduzir veículos. Ele também não poderá frequentar bares ou locais semelhantes onde haja comercialização de bebidas alcoólicas enquanto durar o processo.
A concessão da liberdade foi motivada por um pedido apresentado pelo advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, que representa o estudante. Na solicitação, a defesa argumentou que o ambiente prisional não favorece a ressocialização do jovem. João Vitor estava custodiado no Centro de Triagem Anísio Lima, em Campo Grande.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ofereceu denúncia contra o estudante, acusando-o de homicídio e tentativa de homicídio com dolo eventual no trânsito — quando se assume o risco de provocar um resultado grave, mesmo tendo consciência da possibilidade de que isso ocorra.
Conforme apuração preliminar, o estudante dirigia sob efeito de álcool e realizava manobras irregulares, em zigue-zague, ao tentar uma ultrapassagem no instante em que atingiu a corredora. No mesmo acidente, Luciana Timóteo, amiga da vítima, também foi atropelada, sofrendo ferimentos leves.