Mato Grosso do Sul iniciou a fase de campo do Censo da Força de Trabalho na Saúde, que vai levantar informações detalhadas em mais de 6 mil estabelecimentos do Estado.
A coleta é realizada por meio do Sistema Censo, ferramenta digital desenvolvida pelo Ministério da Saúde para mapear a presença e atuação dos profissionais do setor em todo o país.
No Estado, a operação é conduzida pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), que mobilizou equipes para percorrer hospitais, unidades básicas de saúde, clínicas e serviços especializados, incluindo profissionais que atuam tanto no SUS (Sistema Único de Saúde) quanto na saúde suplementar.
Segundo o chefe do Setor de Apoio da Coordenadoria de Gestão do Trabalho da SES, Victor Hugo de Jesus Gutierre, a ação tem papel estratégico:
“Essa operação estadual é essencial para construirmos uma base de dados sólida e confiável, permitindo reconhecer os profissionais que muitas vezes não têm visibilidade e fortalecer o planejamento da força de trabalho em saúde”, destacou.
Apesar do avanço, a adesão das unidades ainda enfrenta desafios, o que reforça a necessidade de conscientização sobre a importância da participação para garantir dados completos e precisos.
Tecnologia e rastreabilidade
Conforme a Fiocruz, responsável pelo desenvolvimento técnico, o Sistema Censo foi projetado com foco em segurança e rastreabilidade. Entre os recursos, estão validações automáticas, trilhas de auditoria e campos padronizados. O envio de informações segue modelos de planilhas previamente definidos, organizados de acordo com o cronograma e a realidade territorial de cada região.
A plataforma digital permite registrar e validar dados sobre vínculos, ocupação, jornada de trabalho e situação funcional dos profissionais. O processo é dividido em perfis de acesso – recenseadores, gestores de estabelecimentos, coordenadores regionais e gestores centrais – garantindo organização e controle em todas as etapas.
Subsídio para políticas públicas
Com a iniciativa, o Ministério da Saúde e a SES/MS esperam consolidar um banco de dados inédito sobre a força de trabalho em saúde. O objetivo é utilizar essas informações para subsidiar políticas públicas, orientar a formação de novos profissionais e melhorar a distribuição dos recursos humanos na rede, ampliando a eficiência dos serviços oferecidos à população.