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Esportes

Quadrilha aliciava presidentes de clubes para manipular resultados de jogos

O grupo, que atuava em jogos do Brasil e no exterior, tinha como alvo principal clubes considerados 'pequenos'

Conjuntura Online
14/04/25 às 07h39
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Crato foi suspenso do Campeonato Cearense em 2022 após suspeitas pelo desempenho do time (Foto: Divulgação/Ferroviário)

Na noite de ontem (13,) o Fantástico exibiu uma reportagem em que mostrou conversas de uma organização criminosa que subornava dirigentes e jogadores de futebol para fabricar resultados e faturar milhões em apostas on-line.

O grupo, que atuava em jogos do Brasil e no exterior, tinha como alvo principal clubes considerados 'pequenos' e foi desmascarado após fazer contato com o presidente de um clube de Goiás, que também é delegado de polícia.

"Inicialmente, eu achei que tratava de um patrocínio e comecei a conversar com ele. E, durante essa conversa, a gente viu que realmente não era nada legalizado", contou o delegado Marco Antônio Maia, presidente do clube Goianésia Esporte Clube.

O esquema estava todo montado: a quadrilha aportaria dinheiro para que o Goianésia pudesse montar um bom elenco e em contrapartida o clube teria que entregar alguns jogos no Campeonato Goiano de 2023. 

A conversa, no entanto, não evoluiu, mas meses depois os golpistas procuraram Marco Antônio novamente, pleiteando que ele intermediasse tratativas com outros presidentes de clubes que fossem jogar a Série D do Campeonato Brasilerio, já que o Goianésia não disputaria a competição.

""Não sabe quem 'tá' no sufoco aí precisando de alguém para chegar junto?", indagou Fábio Francisco de Oliveira, um dos apontados na investigação como articulador da quadrilha. Ele ainda fez uma promessa a Marco. "O senhor não vai ser esquecido. Todo mês vai pingar o seu aí também".

Posteriormente, o presidente do Goianésia apresentou as provas do aliciamento à polícia. Assim, nesta semana, a Polícia Civil de Goiás deflagrou uma operação e prendeu seis suspeitos. 

Fábio Francisco de Oliveira, Leonardo Lobo Araújo - que foi solto após a audiência de custódia -, e Cleuson de Souza Barros, ex-presidente do Crato Futebol Clube, do Ceará. Todos eles são suspeitos de manipulação de resultados, estelionato e organização criminosa.

De acordo com a polícia, Cleuson recebeu depósitos bancários de Fábio na véspera de pelo menos dez jogos do time no Campeonato Cearense de 2022. Com nove derrotas e um empate, o desempenho levantou suspeitas e o clube foi suspenso da competição pela Justiça Desportiva do Ceará.

Tanto a defesa de Cleuson quanto a de Fábio consideraram as prisões desnecessárias e informaram não terem acesso a todo o teor das investigações. A produção do Fantástico não obteve retorno da defesa de Leonardo. (Com Portal Terra)

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