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Esportes

Proposta de 3 rebaixados e 6 estrangeiros só para 2027

Mudança em descenso à Série B refletiria em todas as 4 divisões do país e tem corrente favorável

Conjuntura Online
13/03/25 às 09h43
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Marcos Bocatto, superintendente de novos negócios no Corinthians, conversa com Marcelo Teixeira, presidente do Santos, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras, no Conselho Técnico da Série A (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Realizado nesta terça-feira, o Conselho Técnico da CBF serviu como embrião de duas possíveis mudanças que vão gerar debates nos próximos meses: a mudança na regra do rebaixamento e de estrangeiros permitidos por partida no futebol brasileiro.

O Conselho Nacional de Clubes, empoderado para ser além de uma comissão consultiva, vai ter a missão de levantar e pesar os argumentos prós e contras para os próximos meses.

Mas já há um entendimento: assim como no caso dos gramados — em que se vai decidir sobre possível veto aos sintéticos mais adiante —, qualquer decisão só entrará em vigor a partir de 2027.

No caso do número de estrangeiros, que aumentou de cinco até nove nos últimos anos, a ideia é respeitar os contratos de jogadores em vigor. São mais de 130 atletas de nacionalidade estrangeira na Série A.

Recentemente, até o técnico da seleção brasileira masculina, Dorival Júnior, defendeu a redução na permissão de estrangeiros no futebol brasileiro e justificou com olhar para o aproveitamento de jovens formados em clubes. A proposta a ser levada para debate prevê a redução de nove para seis estrangeiros.

Mas existe a possibilidade de fazer redução gradativa para facilitar o planejamento dos clubes. Lembrando que a proibição é entre os relacionados para jogos, com permissão liberada para cada elenco ter a quantidade de estrangeiros que desejar.

Outra redução, mais polêmica, é do número de rebaixados. A fórmula de pontos corridos do Brasileirão da Série A vem desde 2003 e se ajustou em três temporadas até chegar em 2006 ao modelo atual. Ou seja, com 20 clubes, dos quais quatro caem à Série B, e quatro sobem para a A.

Já houve alguns manifestos no futebol brasileiro pela revisão do número de rebaixados — o argumento mais usado é da desproporcionalidade do descenso, rebaixando 20% do campeonato (4 de 20). O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, citou, em entrevista ao Abre Aspas do ge, os casos de Fluminense e Atlético-MG, que estavam na Libertadores e lutaram contra a queda, mais como "problema de calendário do que de gestão administrativa".

Na sexta-feira, os clubes da Série B de 2025 também fazem o seu conselho técnico na CBF e vão eleger seus representantes no Conselho Nacional de Clubes. A mudança na regra do rebaixamento não impactaria na edição de 2026 do campeonato, mas se refletiria em todas as divisões.

Caso a proposta avance no futuro, três cairiam da A para a B e, portanto, só poderiam subir três da B para a A, assim sucessivamente até a Série D, a última divisão nacional do futebol masculino.

O CNC deve se reunir mensalmente na CBF, com sala própria, para iniciar os estudos e os debates ao longo de 2025. Na Série A, os clubes indicados são Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco, com o Palmeiras indicado como convidado. O presidente do CNC é Marcelo Paz, do Fortaleza. (Com ge)

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