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Derrite diz não ter dúvida sobre participação do PCC e divulga nomes 

Uma mulher de 25 anos foi presa acusada de ter ido buscar na Baixada Santista um dos fuzis usados no crime

Conjuntura Online
18/09/25 às 15h51
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Felipe Avelino da Silva (à esq.) e Flávio Henrique Ferreira de Souza, suspeitos da execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes (Foto: Reprodução/TV Globo)

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou nesta quinta-feira (18) os nomes e as fotos de dois suspeitos de participar do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, executado em uma emboscada no litoral paulista.

Em entrevista à imprensa sobre o caso ao lado de outras autoridades policiais, ele disse não ter dúvidas de que há envolvimento do crime organizado na execução.

Isso é um fato. A motivação é que ainda está em aberto.
— Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo

De acordo com o secretário "a dúvida - e a gente não descarta as possibilidades - é se a execução foi motivada por combate ao crime organizado durante toda a carreira do delegado ou por conta da atuação atual como secretario na Praia Grande".

Os suspeitos, que são alvo de mandados de prisão e estão foragidos, são Felipe Avelino da Silva, conhecido no PCC como Masquerano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24 anos. A defesa deles não foi localizada pela reportagem. 

Ele ressaltou que "há participação no crime organizado". "Para nós não resta dúvida por conta principalmente do Masquerano que é um indivíduo que nós sabemos que pertence à organização criminosa, PCC, por conta do trabalho de inteligência do Depol e centro de inteligência do ABC".

O secretário explicou ainda que eles foram identificados por meio de material genético encontrado em um dos carros abandonados pelos criminosos após a execução, mas que a polícia ainda não se sabe qual a participação deles no assassinato. "Ainda é cedo para apontar qual o papel deles no crime", afirmou Derrite.

Segundo a polícia, Silva é de São Bernardo e tem antecedentes por roubo e tráfico de drogas.

A delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, disse que a polícia ainda apura quantas pessoas tiveram participação no crime.

"Sobre quantas pessoas participaram, diretamente vocês viram, está nas imagens, mas indiretamente só com as investigações, que é a participação dessa [mulher] que já foi presa, que é pós crime - a retirada da arma do local", afirmou.

Contexto: Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral da Polícia Civil de SP e esteve na corporação por cerca de 40 anos. Ele foi um dos pioneiros na investigação do PCC. Desde janeiro de 2023, ele comandava a Secretaria de Administração de Praia Grande. Ele foi assassinado após finalizar o seu expediente na prefeitura na segunda (15).

Uma das hipóteses investigadas é a de que o ex-delegado foi assassinado pelo PCC por seu histórico de combate à facção, que comanda o tráfico de drogas no estado e já o ameaçou de morte.

Outra é a de que o ex-policial possa ter sido emboscado e morto por desafetos em razão do seu trabalho como secretário em Praia Grande, cidade onde foi assassinado.

O ex-delegado tinha 64 anos e foi um dos responsáveis pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, uma das principais lideranças do PCC.

Mulher presa

As autoridades também falaram sobre a prisão de uma mulher por suspeita de ter ido buscar na Baixada Santista um dos fuzis usados na execução. Segundo o delegado-geral de Polícia, Artur Dian, ela teve apenas participação logística no crime.

Em seu depoimento, Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, contou que foi acionada por um homem, que pediu que ela fosse até a Praia Grande retirar um pacote. Ela, então, viajou até o litoral, pegou o pacote, o trouxe para São Paulo e depois o entregou para esse mesmo homem. Os investigadores afirmaram no pacote estava um dos fuzis usados no assassinato do delegado.

Segundo Dian, "extraoficialmente ela disse que sabia que carregava o fuzil". Procurada, a defesa dela disse que iria se manter em silêncio até se inteirar do caso.

"A família me contratou hoje [quinta] de manhã. Então, até eu ter acesso à íntegra, acesso a tudo, eu vou preferir ficar em silêncio", falou ao g1 o advogado Caio Pereira, que faz a defesa de .

Na visão da polícia, portanto, ela contribuiu para a logística do crime. A prisão é temporária, válida por 30 dias e renovável por mais 30.

A TV Globo apurou ainda que foram encontradas, no celular de Dahesly, fotos do fuzil usado na execução.

Investigação

Equipes do DHPP, em conjunto com agentes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), estão à frente da operação.

Na quarta-feira, a mãe e o irmão de um dos suspeitos foram ouvidos pela polícia. O teor dos depoimentos não foi divulgado.

Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços da capital e de cidades da Grande São Paulo, segundo a Secretaria da Segurança Pública. (Com g1 - SP)

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