O Corinthians e a Nike oficializaram nesta sexta-feira a renovação do contrato de fornecimento de material esportivo por mais dez anos. Agora, o vínculo é válido até o fim de 2035 com o Timão podendo embolsar até R$ 1,3 bilhão entre valores pagos de forma recorrente, luvas, alcance de metas e outras premiações.
— A Nike vai muito além de ser nossa fornecedora. É uma parceira de muitos anos que faz parte da nossa história, que nos conhece, que está conosco nos momentos de glória e na construção da identidade que define o torcedor corinthiano. Estamos muito felizes com a concretização do negócio e com o futuro da parceria — afirmou o presidente em exercício Osmar Stabile.
Há alguns meses, o presidente destituído Augusto Melo abriu negociações com a Adidas. O clube tinha oferta bilionária na mesa, chegou a discutir pontos sensíveis do contrato, porém a atual gestão entendeu que havia um alto risco jurídico em rescindir com a Nike.
Para renovar com o Corinthians, a empresa norte-americana ofereceu R$ 59 milhões fixos por temporada com os valores sendo corrigidos anualmente pela inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor). Embora o valor máximo do acordo possa chegar a R$ 1,3 bilhão em dez anos, a diretoria do Timão acredita que um valor factível de faturamento seja de R$ 1,1 bilhão.
Com o novo contrato, a Nike deve disponibilizar mais produtos à venda nas lojas físicas e digitais. Isto porque, a marca se comprometeu a pagar pelo menos R$ 38 milhões em royalties ao clube por ano, praticamente o dobro do que no contrato anterior. Ou seja, independentemente de quanto faturar com uniformes e outros materiais do Corinthians, ela terá de repassar esse valor ao Timão.
Se a Nike superar a marca de R$ 152 milhões com vendas de produtos do Corinthians, o clube passa ter um ganho extra de 25% sobre tudo o que for faturado a mais (atualmente o Timão recebe 14%).
A empresa está no Parque São Jorge desde a temporada 2003. De lá para cá, a marca produziu campanhas icônicas, como o "Corinthiano Roxo", em 2008, a "República Popular do Corinthians", em 2010, e "Ano Dourado", em 2022.
No período, o Timão também vestiu terceiras camisas icônicas, algumas polêmicas. Além da camisa roxa, o clube vestiu uniformes laranja (meninos do terrão) e grená (homenagem ao Torino e a São Jorge). Houve homenagens a Ayrton Senna, às conquistas de 2012, à Democracia Corinthiana e à própria torcida, relembrando as invasões de 1976, no Rio de Janeiro, e de 2012, no Japão. Em breve, o Timão lançará a terceira camisa no modelo T90, relembrando o início dos anos 2000.
— Caminhar com o Corinthians por mais de duas décadas é uma honra imensa para a marca. Cada camisa, cada ativação e cada momento compartilhado reforçam nosso compromisso de seguir inovando e fortalecendo essa história juntos. Estamos prontos para continuar escrevendo novos capítulos grandiosos — afirmou Gustavo Furtado, CEO do Grupo SBF, operador da Fisia, distribuidora oficial da Nike no Brasil. (Com ge)