Carlo Ancelotti chegou deixando claro que não está preso a rótulos. Na sua primeira coletiva como técnico da seleção brasileira, na segunda-feira (26), o italiano mandou um recado direto sobre o que esperar do Brasil sob seu comando: um time sem uma identidade única, capaz de se moldar a cada desafio.
“Eu não gosto de time que tenha uma identidade, porque isso significa que você só é capaz de fazer uma coisa. Se quer ter sucesso, precisa fazer muitas coisas bem: ser propositivo, ser reativo, pressionar. Eu não quero uma identidade clara”, cravou o treinador, que anunciou sua primeira lista de convocados.
Ancelotti, segundo o jornal O Dia, reforçou que sua estratégia não será engessada e que o estilo de jogo mudará de acordo com os adversários e, principalmente, com as características dos jogadores disponíveis. “Depende dos jogadores. Vinicius é muito importante, mas há muitos outros que serão fundamentais e que não estão nesta convocação. Durante o ano eles vão contribuir muito”, adiantou.
O técnico também falou abertamente sobre o desafio do calendário apertado e o pouco tempo que terá para treinar. Foco, por ora, total nas Eliminatórias da Copa de 2026. O Brasil ocupa a quarta colocação, com 21 pontos, e Ancelotti deixou claro que a prioridade é garantir a vaga no Mundial antes de qualquer sonho maior.
“Hoje no futebol não há tempo para treinar, para preparação. A estratégia é aproveitar o pouco tempo para extrair toda a qualidade que temos, com atitude, compromisso e sacrifício de todos, jogadores e comissão. Primeiro, a missão é classificar. Depois, pensar no Mundial. Confiança na qualidade não falta. Podemos montar um time que compete contra qualquer um”, afirmou.
O primeiro treino sob o comando do italiano será no dia 2 de junho, no CT do Corinthians. Na sequência, o Brasil enfrenta o Equador, no dia 5, em Guayaquil, e depois o Paraguai, no dia 10, em São Paulo.